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Manifestações

UFSC pede para acompanhar audiência de custódia de estudante presa em ato pela democracia

Estudante de filosofia foi presa na noite de quinta-feira (11)

• Atualizado

Giovanna Pacheco

Por Giovanna Pacheco

Foto: reprodução/internet
Foto: reprodução/internet

A UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) solicitou, na manhã desta sexta-feira (12), a participação na audiência de custódia da estudante de filosofia que foi presa durante o ato pela democracia na quinta-feira (11). Segundo a Universidade, ainda não foi confirmada a participação.

A instituição também publicou uma nota de repúdio sobre o caso, em que diz ser “contra o uso da força excessiva, truculência e abusos cometidos pela Polícia Militar do Estado de Santa Catarina na prisão de uma estudante da Universidade que participava do ato em defesa do Estado Democrático de Direito. A jovem, detida supostamente por fazer pichações, foi imobilizada à força, em atitude de nítida truculência. No momento da prisão fica evidente a atitude injustificável dos policiais, que deveriam estar no ato para garantir a segurança dos manifestantes”.

Segundo informações do Tribunal de Justiça de Santa Catarina, como a jovem foi presa em flagrante, a audiência de custódia deve ocorrer ainda na tarde desta sexta-feira (12). No momento, manifestantes estão em vigília pela estudante em frente ao Centro de Plantão Policial.

Leia a nota da UFSC na íntegra

Nota de repúdio: UFSC se manifesta quanto à ação da PM em ato pela democracia

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) apresenta veemente protesto contra o uso da força excessiva, truculência e abusos cometidos pela Polícia Militar do Estado de Santa Catarina na prisão de uma estudante da Universidade que participava do ato em defesa do Estado Democrático de Direito. A jovem, detida supostamente por fazer pichações, foi imobilizada à força, em atitude de nítida truculência. No momento da prisão fica evidente a atitude injustificável dos policiais, que deveriam estar no ato para garantir a segurança dos manifestantes.

É simbólico que isso tenha ocorrido no mesmo dia em que a UFSC abriu suas portas para acolher um evento pró-democracia. Inadmissível, também, é convivermos com atitudes autoritárias em repressão a manifestações pacíficas e legítimas em favor da liberdade e dos direitos sociais e fundamentais.

Atos isolados, suposições ou preferências ideológicas não podem ser alegados por integrantes de forças de segurança para justificar truculência contra manifestações a favor da democracia. Em um período como o que vivenciamos, é fundamental que as forças de segurança permaneçam restritas às suas atribuições constitucionais. Infelizmente, atualmente convivemos com o aparelhamento de partes do Estado que são fundamentais para o próprio funcionamento da democracia. É importante estarmos alertas.

Os atentados contra a democracia não ocorrem de maneira generalizada. Eles são realizados em pequenas atitudes como as que presenciamos nesta noite de 11 de agosto. A sociedade não pode ter vergonha de lutar pela democracia, pela preservação do direito de livre manifestação do pensamento e das ideias: “Estado democrático de direito sempre!”

Por outro lado, a UFSC espera uma manifestação do governo do Estado de Santa Catarina sobre as orientações a sua força de segurança para lidar com este momento histórico do país, no que se refere a defesa da democracia, bem como sobre este caso em particular.

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