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Crimes eleitorais

TSE arquiva processos que pediam cassação do mandato de Alcolumbre

Alcolumbre era acusado por diferentes crimes eleitorais decorrentes de sua prestação de contas da campanha ao Senado em 2014.

• Atualizado

Agência Brasil

Por Agência Brasil

Foto: Pedro França/Agência Senado
Foto: Pedro França/Agência Senado

O plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu nesta quinta-feira (4), por unanimidade, manter o arquivamento de três processos em que o Ministério Público Eleitoral (MPE) pedia a cassação do mandato do senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), presidente do Senado até a última segunda-feira (1º).

Alcolumbre era acusado por diferentes crimes eleitorais decorrentes de sua prestação de contas da campanha ao Senado em 2014. Entre as irregularidades apontadas pelo MPE, estava a apresentação de cinco notas fiscais frias para justificar gastos, no valor total de R$ 157.627,25. Outra suspeita seria o uso de cheques endossados pelo contador da campanha e que depois foram sacados na boca do caixa.

O Tribunal Regional Eleitoral do Amapá (TRE-AP) já havia arquivado as três ações contra o senador, por considerar que não havia provas fortes o bastante. Essa decisão foi mantida nesta quinta-feira (4) pelo TSE, que negou os recursos do Ministério Público.  

Em um voto extenso, o relator do caso no TSE, ministro Edson Fachin, entendeu que, de fato, foi possível identificar diversas irregularidades nas contas eleitorais do senador. Fachin destacou, porém, que o valor somado das contas é baixo, representando 14,54% das receitas de campanha, o que não justifica “a invalidação da vontade das urnas”.

“Compreende-se que os eventos envolvidos não assumem gravidade suficiente para o reconhecimento da prática de abuso de poder econômico”, afirmou o relator. Fachin foi acompanhado por todos os demais ministros que participaram do julgamento – Alexandre de Moraes, Luis Felipe Salomão, Mauro Campbell, Tarcísio Vieira, Sergio Banhos e o presidente do TSE, Luís Roberto Barroso.

À Justiça, a defesa de Alcolumbre alegou que, mesmo que tenham ocorrido inconsistências na prestação de contas de 2014, o senador não teve conhecimento das irregularidades apontadas, nem se beneficiou delas. Dois inquéritos que tratavam de fatos correlatos foram arquivados em 2019 no Supremo Tribunal Federal (STF).


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