Trump encerra programas de diversidade e inclusão do governo dos EUA
Decreto determina o desmonte de programas federais classificados como "discriminatórios" pelo presidente
• Atualizado
O governo do presidente Donald Trump deu início a um processo para acabar com as ações afirmativas em contratos federais e determinou que todos os funcionários ligados a programas de diversidade, equidade e inclusão (DEI) sejam colocados em licença remunerada, e, eventualmente, demitidos.
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As ações seguem uma ordem executiva assinada por Trump no primeiro dia de mandato, determinando o desmantelamento abrangente dos programas de diversidade e inclusão do governo federal, como treinamentos contra preconceitos, por exemplo. Trump classificou os programas como “discriminação” e defendeu a restauração de contratações estritamente baseadas no mérito.
O Escritório de Gestão de Pessoal (OPM, na sigla em inglês), em um memorando divulgado na terça-feira (21), ordenou que as agências colocassem os funcionários dos escritórios de DEI em licença remunerada até as 17h de quarta-feira (22) e retirassem todas as páginas públicas focadas em DEI do ar até o mesmo prazo.
O memorando foi inicialmente reportado pela CBS News. Segundo a emissora, o aviso também informa que as agências devem cancelar quaisquer treinamentos relacionados a DEI e encerrar contratos relacionados.
Na ordem executiva, Trump acusa o ex-presidente Joe Biden de impor programas de “discriminação” em “praticamente todos os aspectos do governo federal” por meio de programas de diversidade, equidade e inclusão.
“As políticas ilegais de DEI e DEIA não apenas violam o texto e o espírito de nossas antigas leis federais de direitos civis, mas também minam nossa unidade nacional, pois negam, desacreditam e minam os valores americanos tradicionais de trabalho duro, excelência e realização individual em favor de um sistema de espólios baseado em identidade ilegal, corrosivo e pernicioso,” diz um trecho da ordem, que continua: “Americanos trabalhadores que merecem uma chance no sonho americano não devem ser estigmatizados, rebaixados ou excluídos de oportunidades por causa de sua raça ou sexo”.
Em outro trecho, Trump libera o uso do Departamento de Justiça e outras agências para investigar empresas privadas que adotam práticas de treinamento e “contratação discriminatórias” contra grupos não minoritários como homens brancos.
“Os chefes de todas as agências, com a assistência do Procurador-Geral, tomarão todas as medidas apropriadas com relação às operações de suas agências para promover no setor privado a política de iniciativa individual, excelência e trabalho duro desta ordem”, diz o trecho.
A decisão acontece em meio ao encerramento de programas de diversidade, equidade e inclusão em bigh techs, como a Meta, que anunciou no começo deste ano o fim do programa que englobava contratação e treinamento de funcionários, além da seleção de fornecedores.
*Com informações do SBT News.
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