Tornozeleira de Silvinei Vasques é achada na fronteira com o Paraguai após fuga

A tornozeleira eletrônica do ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), e ex-secretário de desenvolvimento econômico de São José, na Grande Florianópolis, Silvinei Vasques, foi localizada na rodoviária de Ciudad del Este (Cidade de Leste), na fronteira do Brasil com o Paraguai. A informação foi confirmada por fontes da Polícia Federal (PF) e envolve cooperação internacional entre autoridades paraguaias e brasileiras.

O equipamento foi encontrado pela polícia do Paraguai, que identificou o dispositivo após troca de informações com a PF. A descoberta aumentou as suspeitas de fuga internacional após o bloqueio proposital do sinal da tornozeleira.

Fuga começou em Santa Catarina

Condenado por envolvimento na trama golpista e monitorado por tornozeleira eletrônica, Silvinei Vasques fugiu do apartamento onde vivia em Santa Catarina depois de interromper o funcionamento do equipamento de monitoramento judicial.

Após sair do Brasil, ele seguiu para o Paraguai, onde tentou deixar o país utilizando documentos falsos.

Prisão em aeroporto internacional

Silvinei foi preso pela polícia paraguaia no Aeroporto Internacional de Assunção, quando tentava embarcar em um voo com destino a El Salvador. No momento da abordagem, ele utilizava um passaporte paraguaio e apresentou um atestado médico que alegava um câncer grave, afirmando que não conseguia falar nem ouvir.

Mesmo assim, após ser questionado informalmente por agentes da Polícia Federal, Silvinei se recusou a falar os detalhes da fuga.

Diante da tentativa de evasão e da gravidade dos crimes, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, decretou a prisão preventiva de Silvinei Vasques.

Atualmente, ele está detido na chamada “papudinha”, uma ala especial do Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília. O ex-diretor da PRF aguarda a análise dos últimos embargos do julgamento, antes do início do cumprimento definitivo da pena.

Condenação por crimes eleitorais e trama golpista

Silvinei Vasques foi condenado a mais de 26 anos de prisão por participação ativa na tentativa de golpe e, especialmente, por impedir o deslocamento de eleitores durante o segundo turno das eleições presidenciais.

Segundo a decisão judicial, ele utilizou a estrutura da PRF para realizar operações direcionadas em redutos eleitorais do PT, dificultando o acesso de eleitores às seções de votação, prática considerada grave ataque à democracia e ao processo eleitoral brasileiro.

*Com informações do SBT News

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