“Tinha que ganhar R$ 300 mil”, afirma vereador ao votar pelo aumento do próprio salário

Na última quarta-feira (24), repercutiu a fala de um vereador Hermes Ferreira da Costa (União), de Formosa, em Goiás, que ao votar pela aprovação do salário do prefeito, do vice, dos secretários e dos próprios vereadores, afirmou que tinha que “ganhar R$300 mil” devido a todos os pedidos que recebe.

“O salário que nós ganhamos, se nós fossemos atender as pessoas que nos ligam pedindo uma ajuda, nós tinha que ganhar era R$300 mil e não dava. É todo dia chega um e pede uma consulta, pede transporte, remédio, uma cesta básica”, afirmou o vereador que ainda exemplificou que a população quer um salário melhor e disse que não acha justo que não seja pago o piso salarial de outros profissionais, como médicos, enfermeiros e professores.

Atualmente, os vereadores recebem R$14.904,66. Com a aprovação, o salário passa para R$17.387,32. Já o prefeito passará a receber R$34.774,64

“O problema é que as pessoas banalizam a política, banalizam os políticos. Qual é a mola propulsora que faz o que o cidadão se interesse por um cargo e uma profissão? É o salário”, disse Costa antes de afirmar sobre o salário na sessão Extraordinária da Câmara Municipal de Formosa.

Ao abordar fala de populares sobre “vereadores serem ladrões”, Costa disse nunca ter roubado nada de ninguém. “Esse negócio de dizer que todo vereador é ladrão, eu nunca roubei nada de ninguém, eu exijo respeito, não tem nada de imoral, é legal, é constitucional, é direito. Eu quero que as pessoas ganhem mais para que tenham condições de cuidar de seu filho, é melhorar a condição de vida do cidadão”, complementou.

“Eu penso que cada um é digno de seu salário. Quando as pessoas ganham um salário mínimo eu me sinto mal, mas infelizmente é assim que acontece, a gente não tem condição de atender as pessoas para ganhar quatro salários mínimos”, pontuou Costa.

Assista a fala completa do vereador:

O vereador foi procurado pelo SCC10 para se manifestar sobre o que disse e a repercussão da fala e não retornou contato até a publicação da reportagem. O espaço segue aberto.

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