Tebet critica Bolsonaro e afirma que “cerco se fechou” contra ex-presidente
Ministra do Planejamento e Orçamento falou sobre depoimento de hacker na CPMI do 8/1 durante evento no IBGE
• Atualizado
A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet (MDB), disse que as últimas movimentações da CPMI do 8 de janeiro e as investigações da Polícia Federal mostraram que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é “mandante da tentativa de fraude contra as urnas eletrônicas”. A fala aconteceu durante a posse do novo presidente do IBGE, Marcio Pochmann, nesta sexta-feira (18), em Brasília.
“O cerco se fechou contra o ex-presidente da República. Ali está claro, está apontado como autor, como mandante da tentativa de fraude contra as urnas eletrônicas, como tentativa de fraude à decisão sempre legítima do povo brasileiro de escolher o seu sucessor. Ali estava a tentativa de violar, de atentar contra a democracia brasileira”, disse ela.
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Tebet também afirmou que o ex-presidente deveria ter o passaporte apreendido. “Quem fugiu para não passar a faixa para um presidente que foi legitimamente eleito pelo povo, com certeza vai querer abandonar o Brasil para poder salvar a própria pele”.
Aplaudida, a ministra ainda relembrou o histórico discurso de Ulysses Guimarães no dia da promulgação da Constituição Cidadã, em 1988: “traidor da Constituição é traidor da pátria. Temos ódio e nojo à ditadura”.
A CPMI do 8 de janeiro ouviu o hacker Walter Delgatti Neto na quinta-feira (17). No depoimento, ele afirmou que recebeu um pedido de Jair Bolsonaro, antes das eleições, para fraudar o sistema de votação brasileiro.
Segundo a versão do hacker, o ex-presidente teria garantido que, caso o plano fosse descoberto, concederia um indulto a Delgatti. A defesa de Bolsonaro negou a versão e disse que irá processar o hacker por calúnia e difamação.
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