STF mantém acordo de delação premiada de Mauro Cid após esclarecimentos
Para Moraes, colaborador explicou contradições apontadas pela PF
• Atualizado
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu nesta quarta-feira (20) manter a validade do acordo de delação premiada firmado pelo tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro. A decisão foi tomada após uma audiência de três horas, na qual Moraes avaliou que o militar esclareceu contradições e omissões apontadas pela Polícia Federal (PF) em depoimento prestado no dia anterior.
O ministro determinou o envio do depoimento à PF para complementação das investigações relacionadas à Operação Contragolpe, que apura uma suposta trama golpista envolvendo o assassinato de líderes políticos, entre eles o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o próprio Moraes.
Contradições no depoimento de Mauro Cid
Durante a oitiva conduzida por Moraes, Cid negou envolvimento ou conhecimento do plano golpista. No entanto, investigações indicam que uma das reuniões da suposta conspiração ocorreu em 12 de novembro de 2022, na casa do general Braga Netto, em Brasília, com a participação do ex-ajudante de ordens.
A delação de Mauro Cid, assinada no ano passado, compromete-se a revelar informações sobre episódios ocorridos durante o governo Bolsonaro, como as fraudes nos cartões de vacina do ex-presidente e a venda de joias sauditas. Segundo a defesa do militar, os benefícios do acordo foram mantidos, e ele prestou os esclarecimentos solicitados.
Investigado em múltiplos casos
Cid é um dos 37 indiciados no inquérito que apura a tentativa de golpe de Estado após a eleição de Lula. A manutenção de seu acordo de colaboração é vista como peça central no desdobramento das investigações sobre ações fraudulentas e possíveis articulações antidemocráticas no período de transição de governo.
O conteúdo detalhado da delação segue sob sigilo judicial.
*Com informações da Agência Brasil.
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