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Nota oficial

Sergio Moro desiste de ser candidato à Presidência da República; saiba o motivo

Ex-ministro deixou o Podemos e foi para a sigla resultante da fusão entre DEM e PSL

• Atualizado

SBT News

Por SBT News

Foto: Twitter @SF_Moro | Reprodução.
Foto: Twitter @SF_Moro | Reprodução.

O ex-juiz e ex-ministro Sergio Moro confirmou na tarde desta quinta-feira (31) sua filiação ao União Brasil. Em nota divulgada nas redes sociais, ele também afirma que abre mão, “nesse momento”, da pré-candidatura à Presidência da República.

“O Brasil precisa de uma alternativa que livre o país dos extremos, da instabilidade e da radicalização. Por isso, aceitei o convite do presidente nacional do União Brasil, Luciano Bivar, para me filiar ao partido e, assim, facilitar as negociações das forças políticas de centro democrático em busca de uma candidatura presidencial única. A troca de legenda foi comunicada à direção do Podemos, a quem agradeço todo o apoio. Para ingressar no novo partido, abro mão, nesse momento, da pré-candidatura presidencial e serei um soldado da democracia para recuperar o sonho de um Brasil melhor”, afirmou Moro.

O ex-ministro deixou o Podemos, partido pelo qual era pré-candidato ao Planalto, nesta quinta-feira. A decisão vem três dias depois de ele se reunir com o presidente do União, deputado federal Luciano Bivar (PE).

O União Brasil é o partido escolhido para filiação de integrantes do Movimento Brasil Livre (MBL), apoiador de Moro, em substituição ao Podemos também. Na segunda-feira, após se reunir com Bivar, o ex-juiz disse pelo Twitter que ele e o parlamentar reforçaram a necessidade de terem “um único candidato do centro político democrático contra os extremos”. Também na publicação, falou que o deputado “seria um ótimo vice-presidente ou cabeça de chapa” e estaria com ele, no mínimo, de 2022 a 2026, sem entrar em detalhes.

Antes do encontro, Moro havia se reunido com a presidente nacional do Podemos, deputada federal Renata Abreu (SP), os senadores Álvaro Dias, Flávio Arnes e Oriovisto Guimarães, os três da sigla e do Paraná, e a advogada Rosângela Moro, sua esposa, para discutir as articulações e estratégias para a próxima fase da pré-campanha a presidente.

Já na terça-feira (29), afirmou que vinha participando das negociações para lançamento de uma candidatura única por parte de partidos que se oporão a Lula (PT) e a Bolsonaro (PL) nas eleições deste ano, mas que não podia sair da corrida presidencial para apoiar alguém com percentual inferior ao seu nas pesquisas de intenção de voto.

Pouco antes de confirmar sua ida para o União Brasil, a  Comissão Instituidora do partido divulgou nota em que afirma que o ex-ministro não poderia entrar na sigla na condição de pré-candidato à Presidência. No documento, a cúpula do União Brasil diz reconhecer a importância e respeitar a trajetória de Moro. Afirma ainda que o ex-juiz “pode contribuir muito para o debate político nacional”. Mas ressalva: “Deixamos claro que o seu eventual ingresso ao União Brasil não pode se dar na condição de pré-candidato à Presidência da República”.

Ainda na nota, assinada, entre outros, pelo secretário-geral do União, ACM Neto, e por seis vice-presidentes da sigla, a direção do partido diz que “caso seja do interesse de Moro construir uma candidatura em São Paulo, o ex-ministro será muito bem-vindo”. “Mas, agora, não há hipótese de concordarmos com sua pré-candidatura presidencial pelo partido.”

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