Senadores da oposição conseguem assinaturas para impeachment de Moraes

A oposição no Senado Federal protocolou, nesta quinta-feira (7), um pedido de impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A movimentação foi liderada por parlamentares aliados ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em reação à decisão de Moraes que impôs prisão domiciliar ao ex-mandatário.

O requerimento contou com 41 assinaturas, número mínimo necessário para a formalização do pedido. O último a aderir foi o senador Laércio Oliveira (PP-SE), cuja assinatura confirmou o apoio necessário para o avanço da proposta.

Com o pedido oficializado, líderes oposicionistas anunciaram o fim da obstrução das atividades legislativas no Senado, bem como a desocupação da Mesa Diretora, que havia sido alvo de protestos simbólicos nas últimas sessões.

O próximo passo da oposição é pressionar o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), a dar andamento ao processo de impeachment. A decisão de aceitar ou arquivar o pedido está exclusivamente nas mãos dele.

Os três senadores de Santa Catarina,  Esperidião Amin (PP), Ivete da Silveira (MDB) e Jorge Seif (PL), já haviam assinado o pedido.

Durante coletiva de imprensa nesta manhã, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) falou sobre a situação do pai, Jair Bolsonaro. “Alexandre de Moraes precisa voltar a ter limites. Estive com o meu pai ontem, é sempre muito duro ver uma pessoa honesta passando por isso tudo. Quando uma pessoa inocente passa por isso, precisa ser muito firme“, declarou Flávio, dizendo ainda que sai fortalecido quando está ao lado do pai.

Mesmo com o pedido protocolado, o impeachment de um ministro do STF exige aprovação de dois terços do Senado, ou seja, 54 votos dos 81 senadores. Ainda não há garantia de que o pedido avançará para essa fase.

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