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SC em seis meses

“Muito maior que compra de vaga”, diz Secretário da Casa Civil de SC sobre o Universidade Gratuita

Veja a avaliação do secretário da Casa Civil de Santa Catarina Estêner Soratto Junior

• Atualizado

Renato Becker

Por Renato Becker

Foto: Guilherme Brittes / SCC SBT
Foto: Guilherme Brittes / SCC SBT

O secretário da Casa Civil de Santa Catarina, Estêner Soratto Junior, avaliou os seis primeiros meses do governo em entrevista ao jornalista Roberto Azevedo, nesta quarta-feira (19). Acompanhado do governador Jorginho Mello, que esteve no SCC SBT para participar do programa Ponto e Contraponto, o secretário falou sobre o programa Santa Catarina Levada a Sério + Perto de Você, a aprovação do Universidade Gratuita e os desafios para os próximos meses.

Universidade Gratuita

Soratto Junior explica que o governo teve como maior dificuldade mostras para os deputados que o projeto de lei do Universidade Gratuita estava tratando exclusivamente do programa de bolsas e que não teriam outros interesses por trás do texto.

“O que foi difícil, tanto com os deputados novos, tanto com os experientes, explicar que, em nenhum momento no havia um ‘jabuti’, isso foi deixado bem claro”

Estêner Soratto Junior

A expressão jabuti dita pelo secretário é um termo utilizado na política que significa quando uma proposta legislativa, que tratá de um tema específico, acaba abrangendo um tema não relacionado.

Ao ser questionado por Roberto Azevedo se estava mais cansado ou feliz pelo trabalho empenhado na aprovação do projeto, o secretário avaliou a votação: “Foi um número acima da nossa expectativa”.

“Ele muito maior que uma compra de uma vaga. Ele é muito maior do que isso. Ele tem a contrapartida do estudante que presta serviços depois para as prefeituras, para o próprio estado, ele tem uma aplicação aos professores da rede estadual de ensino com a transferência de conhecimento da universidade para esses professores, a disponibilização pelas universidades de laboratórios, sala de aula, ginásio, então ele é muito maior do que só uma compra de vaga e a gente levou um tempo para fazer essa apresentação”.

Estêner Soratto Junior

O secretário frisou que uma preocupação do governador é a transparência na prestação de contas do benefício pago aos estudantes que serão beneficiados pelo programa.

“A gente chegou a cogitar colocar o Ministério Público também para fazer a auditoria nessas contas, mas aí depois percebemos que o MP por força de lei não pode estar integrando dessa forma”

Estêner Soratto Junior

O maior desafio do governo

Para o secretário, o maior desafio do Governo do Estado é o cuidado com as estradas estaduais: “Quando eu falo de rodovias estaduais, eu estou falando tanto daquelas pavimentadas quanto as não pavimentadas. Em torno de 82% das rodovias são pavimentadas e 18% não pavimentadas. Esse é o maior desafio, que é melhorar a qualidade dessas rodovias”.

Santa Catarina Levada a Sério + Perto de Você

Soratto Junior também explicou o papel do programa do governo que leva o governador Jorginho Mello e a equipe do governo até os municípios catarinenses. O secretário explicou que a gestão está tentando demonstrar a necessidade de reavaliar os valores que seriam repassados.

“Se nesse ano foi pago R$ 2,5 bilhões, como vamos pagar R$ 4,5 bilhões? Então o programa que o governador Jorginho Mello bolou de estar olhando o olho no olho dos prefeitos e dizendo, prefeito, eu tenho aqui R$ 10 milhões para te pagar, vou conseguir te pagar R$ 5,5, R$ 6, a prioridade para 2023 e o que a gente pode jogar para 2024”

Estêner Soratto Junior

Confira a entrevista com o secretário da Casa Civil

Veja a íntegra das respostas de Estêner Soratto Junior

Universidade Gratuita

“Todo investimento em educação é importantíssimo. A nossa maior dificuldade foi explicar para o deputado ou os deputados exatamente o que era o programa Universidade Gratuita, que ele ultrapassa a compra de uma vaga. Ele é muito maior do que isso. Ele tem a contrapartida do estudante que presta serviços depois para as prefeituras, para o próprio estado, ele tem uma aplicação aos professores da rede estadual de ensino com a transferência de conhecimento da universidade para esses professores, a disponibilização pelas universidades de laboratórios, sala de aula, ginásio, então ele é muito maior do que só uma compra de vaga e a gente levou um tempo para fazer essa apresentação

Relação com o legislativo

“Acredito que também todos nós nos conhecendo ainda, né? Nós estamos há seis meses no governo, parece que falta seis meses para terminar, mas não, a gente está apenas há seis meses com a Assembleia convivendo junto, como a Assembleia toma posse só no dia 1º de fevereiro, são cinco meses. Então, esse conhecimento, entendendo a expertise de cada deputado, a bandeira de cada deputado é que eu confesso até que demorei um pouco a gente a entender tudo isso, mas eu acredito que o resultado foi satisfatório para Santa Catarina. E também havia ambiente de alguns deputados estreantes no Legislativo, como o senhor, né? Sim, sim. Então, quer dizer, isso agravou de alguma maneira ou não?

“Não. Eu costumo dizer que todos que estão lá são craque. Não tem nenhum que é banco de reserva. Todos os 40 deputados são craques. Chegaram ali porque tem algo, tem um diferencial. Então, o difícil foi, tanto com os deputados novos, quanto aqueles jamais experientes, o difícil foi isso, foi explicar cada pormenor que o programa tem, entender que em nenhum momento ali tinha alguma, que a gente chama na gíria um jabuti, algo que o governo quisesse aprovar e que não tinha nada a ver com o projeto. Então foi deixado isso bem claro e por isso o sucesso na aprovação. E também a segurança para o contribuinte catarinense, porque até o Tribunal de Contas vai auditar a folha de pagamento, os valores que serão utilizados pelas unidades da ACAF, para pagamento de professores, reitor”.

Auditoria do Tribunal de Contas utilizada em outros projetos

“O governador Jorginho Mello sempre fala para nós muita transparência. Tudo o que vocês fizerem, pense em trabalhar com muita transparência e trazer os órgãos de controle para mais próximo, mais perto e estabelecendo na legislação. A gente chegou a cogitar colocar o Ministério Público também para fazer a auditoria nessas contas, mas aí depois percebemos que o Ministério Público por força de lei não pode estar integrando dessa forma. Ele é um órgão que depois de acionado é que ele entra em alguma… Precisa ser provocado. Exatamente. Então, dentro dessa determinação, sempre que a gente pode trazer a lesc e o tribunal de contas eu acredito que é o melhor para o nosso cidadão catarinense o grande desafio do governo do estado se eu bem lembrou os primeiros seis meses agora de gestão por segundo semestre esse ano as estradas estaduais. Esse é o maior desafio”.

O maior desafio do governo

Nós temos… E aí quando eu falo de rodovias estaduais, eu estou falando tanto daquelas pavimentadas quanto as não pavimentadas. Em torno de 82% das rodovias são pavimentadas e 18% não pavimentadas. Esse é o maior desafio, que é melhorar a qualidade dessas rodovias, as que são pavimentadas, consertar esse pavimento, seja com revitalização, ou seja, como duplicação, e aquelas não pavimentadas, obviamente, pavimentar”.

“Esse eu acredito que é o maior desafio do governo. Claro que não esquecendo dessa busca que o governador Jorginho Mello tem de zerar as filas, sabe que zerar as filas é aquilo que a gente fala na gíria, mas é diminuir esse tempo, não chegar a mais de um ano, dois, três anos como tinha no passado, né? Nunca esquecendo da saúde e da educação. Esse programa Santa Catarina levado a sério, mais perto de você, tô usando todo o rótulo do programa. Qual é a maior demanda dos prefeitos tinham uma promessa que foi feita pelo governo anterior, que chegava a R$ 4,5 bilhões para nós pagarmos nesse ano de 2023. No ano de 2022 foi pago R$ 2,5 bilhões”.

Universidade Gratuita

Então, se em 2022, que não precisava pagar R$ 300 milhões por mês de dívida com a União, que nós tínhamos ainda uma inflação alta em 2022 que gera mais arrecadação, que nós tínhamos uma economia melhor do que está hoje. Se nesse ano foi pago R$ 2,5 bilhões, como é que nós vamos pagar R$ 4,5 bilhões? Então o programa que o governador Jorginho Mello bolou de estar olhando o olho no olho dos prefeitos e dizendo, prefeito, eu tenho aqui R$ 10 milhões para te pagar, vou conseguir te pagar R$ 5,5, R$ 6, o que é prioridade para 2023 e o que a gente pode jogar para 2024? Esse é o Santa Catarina levado a sério e perto de você, porque o prefeito sabe o que é a dor da sua cidade, nesse programa também participam os deputados da região, então eles são os atores daquela região, eles é que sabem o que tem que ser feito esse ano e o que pode jogar para o ano que vem”.

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