SC quer um plano de logística regional do Cosud sobre ferrovias

Engenheiro civil e servidor público de carreira, o secretário estadual Ivan Amaral (Portos, Aeroportos e Ferrovias) informa que uma proposta à mesa de negociações quer que os sete estados das regiões Sul e Sudeste (Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais), integrantes do Cosud, partam para construir projetos conjuntos regionais sobre o modal ferroviário. O assunto foi tema de uma discussão paralela, durante a realização do evento entre 21 e 23 de novembro, em Florianópolis, pois não estava na pauta oficial.

Segundo Amaral, os estados do Sul querem participar imediatamente de um Grupo de Trabalho, criado pelo Ministério dos Transportes, para debater a concessão da Rumo Logística, que abrange as três unidades da federação, e que, na visão dos secretários de Estado “praticamente abandonou toda a malha sul”. O estados querem ser ouvidos porque o debate no Ministério é sobre uma nova concessão ou a renovação da atual, da Rumo, que vence em 2027, ponto considerado emergencial.

O secretário catarinense acrescenta que os três estados estão fazendo separadamente seus planos de logística pela Infra S.A., uma empresa pública federal na área de infraestrutura com foco na prestação de serviços de planejamento, estruturação de projetos, engenharia e inovação para o setor de transportes. A sugestão de Amaral é que se crie um plano de logística regional.

Projetos em conjunto será uma meta do Cosud

Mas há um outro ponto, na visão do secretário catarinense: a criação de projetos conjuntos que envolvam os sete estados, onde os entes federados coordenem e elaborem seus projetos, dentro de uma visão regional. Os temas devem ser abordados na próxima reunião do Cosud, em 2025, no Paraná.

Amaral lembra que, independentemente disso, haverá novas reuniões. O Paraná está trabalhando no projeto da Ferroeste e Santa Catarina já trabalha em dois outros projetos: o básico do Corredor Ferroviário, entre Chapecó, no Oeste, e Correia Pinto, na Serra Catarinense, com 319 quilômetros de extensão; e projeto executivo da denominada Ferrovia dos Portos, entre Navegantes e Araquari, com 62 quilômetros, no Litoral Norte.

Segundo Amaral, atualmente a pior situação é a do Rio Grande do Sul, que teve sua malha ferroviária bastante abalada com os problemas climáticos. Por isso, a ideia presente é que sejam criados projetos para atender os três estados do Sul.

Família pesou na decisão da secretária

A secretária estadual Maria Helena Zimmerman (Assistência Social, Mulher e Família) foi clara e objetiva ao dizer que a saída da administração de Jorginho Mello (PL) tem uma causa justa, a família, que mora em Rio do Sul, no Alto Vale do Itajaí. Com duas filhas pequenas, Maria Helena, conhecida por Kika, surpreendeu ao atender o convite do prefeito eleito Manoel Arisoli Pereira (PL) para assumir a Secretaria de Assistência Social no município.

Kika também é enfática quando afirma: “as pessoas têm que saber que político tem família!” A advogada que foi vereadora em Rio do Sul e já ocupou a pasta na administração da Garibaldi Ayroso (MDB) – vice-prefeito eleito, em 2024 -, começou a atuação junto à gestão de Jorginho como adjunta da pasta, ao lado de Alice Kuerten, e depois assumiu o comando a secretaria com a desistência da titular por quase dois anos. Kika também acredita que ajuda o governador, a quem agradece, para a montagem do novo secretariado. “Ele poderá precisar da pasta”, admite.

Juntos até na diplomação

Além da parceria já anunciada, Juliana Pavan (PSD), prefeita eleita de Balneário Camboriú, e Leonel Pavan (PSD), prefeito eleito de Camboriú terão uma pré-agenda em conjunto. No dia 16 do mês que vem, ambos serão diplomados na mesma solenidade pela 103ª Zona Eleitoral.

O evento será no Expocentro Júlio Tedesco, de Balneário Camboriú, a partir das 19h. O detalhe é que Pavan, quando senador , vice-governador e governador, foi uma dos maiores incentivadores para a erguer o Expocentro, inaugurado somente em maio de 2022, na gestão de Carlos Moisés.

As confluências afro-brasileira e afro-catarinense

Proposta pelo deputado estadual Marquito (PSOL) está em exposição no hall do Palácio Barriga Verde, a mostra institucional “Confluências Artísticas e Estéticas com o NEAB (Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros)”. As obras destacam a história, a cultura e as trajetórias da população de origem africana, afro-brasileira e afro-catarinense, por meio das produções artísticas de três alunos da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) associadas ao NEAB.

As fotografias são da artista Karen Christine Ferreira e apresentam um olhar sensível para as lutas das comunidades negras. Letícia Couto traz traços e cores que retratam mulheres negras em suas telas. Maria Eduarda Corrêa desenhou e deu vida a vestimentas étnicas usando tecidos e acessórios que narram identidades e tradições afro-brasileiras.

A exposição, que permanecerá na Alesc até o dia 29 de novembro (sexta-feira), das 7h às 19h, é permeada pelo ideograma africano Sankofa, um símbolo Adinkra que significa “voltar ao passado para construir o futuro”. Representando ancestralidade, conhecimento e reconhecimento da identidade de um povo, o Sankofa fazia parte da cultura dos escravizados africanos trazidos de Gana, Togo e Burquina Fasso para o Brasil no período colonial.

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