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Indulto

Rosa Weber dá 10 dias para Bolsonaro explicar o indulto concedido a Daniel Silveira

A ministra do STF também abriu um prazo de até 5 dias para que a AGU e a PGR se manifestem

• Atualizado

SBT News

Por SBT News

Foto: Fellipe Sampaio/SCO/STF
Foto: Fellipe Sampaio/SCO/STF

A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Rosa Weber determinou, na noite de segunda-feira (25), que o presidente Jair Bolsonaro (PL) tem até dez dias para explicar o indulto concedido ao deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ) – condenado por atos antidemocráticos. O despacho foi dado dentro da ação da Rede Sustentabilidade, que questionou a medida assinada pelo Chefe de Estado.

“Ao invés de se preocupar em combater os deletérios efeitos da inflação, das emergências sanitárias e do desemprego, [Bolsonaro] preocupa-se em fazer uma falsa defesa de o que é, tão somente para si, liberdade de expressão, a pretexto de ir ao encontro de uma suposta comoção social com um julgamento praticamente unânime do mais alto Tribunal do país”, declarou o partido na ação.

A partir do texto, Rosa Weber também abriu prazo de até cinco dias para a Advocacia-Geral da União (AGU) e a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestarem após o período determinado para o presidente. Na decisão, a ministra disse que o processo tem “especial significado para a ordem social e a segurança jurídica”.

Acordado pela maioria dos ministros do STF, Daniel Silveira foi considerado culpado, na última quarta-feira (20), de promover atos antidemocráticos e ameaçar instituições, sendo condenado a cumprir 8 anos e 9 meses de prisão, além de multa de R$ 212 mil e perda do mandato e direitos políticos. Um dia depois, no entanto, Bolsonaro assinou um decreto para extinguir a pena do deputado.

As denúncias contra o parlamentar foram baseadas em vídeos, divulgados por ele próprio entre 2020 e 2021, em que insultava e acusava vários ministros de cometer crimes, e falava em invadir o Congresso e o STF para retirar os integrantes “na base da porrada”. Entre outras manifestações, o deputado teria defendido o retorno do Ato Institucional (AI) 5, instrumento da ditadura militar, para promover a cassação de ministros.

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