Relatório final da CPI vai pedir saída de Bolsonaro das redes sociais
Decisão foi tomada após presidente associar vacina da Covid-19 à Aids em transmissão nas redes
• Atualizado
O relator da CPI da Pandemia, Renan Calheiros (MDB-AL), afirmou na tarde desta segunda-feira (25) que irá acatar no relatório final da comissão o pedido de banimento do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) das redes sociais. Segundo o senador, a questão está pacificada entre a maioria dos integrantes da Comissão, e estará presente no relatório que será votado nesta terça-feira (26). Após aprovação dos parlamentares, o documento será enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF).
“A declaração do presidente Bolsonaro é evidente. Agrava a sua situação na Comissão Parlamentar de Inquérito e nós vamos requisitar junto ao Supremo Tribunal Federal o banimento dele em definitivo das redes sociais, a exemplo do que aconteceu com o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A fake news mata e ele não muda. Ele continua a fazer as mesmas coisas que fez anteriormente”, afirmou Calheiros.
Em live realizada na última quinta-feira (21), Bolsonaro afirmou que a vacina contra a covid-19 pode estar associada ao desenvolvimento do vírus da imunodeficiência humana (HIV), que desencadeia a Aids. A declaração é falsa, e repercutiu negativamente on-line. As plataformas Facebook e YouTube retiraram o conteúdo do ar.
O vice-presidente da Comissão, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) fez duras críticas à declaração de Bolsonaro e utilizou as redes sociais para afirmar que a CPI vai pedir a saída de Bolsonaro das redes, assim como incluir a declaração sobre a vacina no relatório final. “Encaminharemos ofício ao Ministro Alexandre de Moraes, pedindo que Bolsonaro seja investigado por esse absurdo no âmbito do inquérito das fake news e recomendaremos às plataformas de redes sociais a suspensão e/ou o banimento do Presidente”, disse.
No congresso, parlamentares de oposição protocolaram uma ação para que o Supremo Tribunal Federal (STF) incluam a afirmação de Bolsonaro no inquérito sobre as fake news.
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