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DINHEIRO E CESTAS BÁSICAS

Prefeito e vice de pequena cidade em SC são cassados; entenda

O juiz Jean Everton da Costa determinou que novas eleições diretas sejam realizadas na cidade

• Atualizado

Redação

Por Redação

Prefeito e vice de pequena cidade em SC são cassados; saiba o motivo | Foto: Redes sociais/Reprodução
Prefeito e vice de pequena cidade em SC são cassados; saiba o motivo | Foto: Redes sociais/Reprodução

O prefeito e o vice-prefeito de José Boiteux, no Alto Vale do Itajaí, Geovani Lunelli e Emerson Genésio Dell’Agnollo, ambos do MDB, tiveram os diplomas cassados nesta quarta-feira (27). A suplente de vereadora Carla Lunelli Braatz (MDB) também foi atingida.

De acordo com a decisão do Ministério Público Eleitoral (MPE), os políticos foram responsabilizados por abuso de poder econômico e captação ilícita de sufrágio. O juiz Jean Everton da Costa determinou ainda que novas eleições diretas sejam realizadas na cidade, com data a ser definida pelo Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina (TRE-SC).

O que diz a decisão?

O prefeito, vice-prefeito e a suplente de vereadora estão sendo acusados de utilizar o Supermercado Lunelli, que pertence à família dos suspeitos, para armazenar e distribuir cestas básicas durante a campanha em 2024.

Outras três pessoas estão sendo investigadas, em especial, após o relato de um indígena da região que disse ter recebido a oferta de R$ 10 mil para apoiar os políticos nas eleições, além da entrega de mantimentos em aldeias da cidade.

Prints de conversas, fotos, vídeos e depoimentos foram colhidos, onde testemunhas afirmam que as cestas básicas eram distribuídas em troca de votos, sobretudo em comunidades indígenas.

O que diz a defesa do prefeito e do vice-prefeito?

Por meio de nota nas redes sociais, o Geovani Lunelli e Emerson Dell’Agnollo disseram que foram pegos de surpresa com a decisão e que irão recorrer. Leia na íntegra:

“Hoje fomos surpreendidos com uma decisão da Justiça sobre as últimas eleições. Quero falar com vocês de coração aberto: essa decisão não é definitiva.

Eu e o vice-prefeito Emerson já acionamos nossa defesa, e nossos advogados entraram imediatamente com recurso. Confiamos plenamente no Poder Judiciário e acreditamos que a verdade prevalecerá.

Seguimos firmes, de cabeça erguida e com a consciência tranquila, porque sabemos da confiança que vocês depositaram em nós e do trabalho que estamos realizando juntos por José Boiteux.

Nada mudará o nosso compromisso com cada cidadão. Continuaremos trabalhando diariamente, com fé em Deus e total confiança na Justiça, para honrar a missão que recebemos do povo.”

O SCC10 tenta contato com a suplente de vereadora Carla Lunelli, mas até o fechamento da matéria, não obteve êxito. O espaço segue aberto.

Decisão: multas e inelegibilidade

A decisão final impôs multas e deixou cinco dos seis envolvidos inelegíveis por oito anos.

O prefeito Geovani Lunelli, terá que pagar R$ 20 mil e fica inelegível; a suplente de vereadora também terá que pagar R$ 20 mil e fica inelegível; um dos acusados terá que pagar R$ 10 mil e fica inelegível, assim como outros dois investigados, que ficarão apenas inelegíveis.

Já o vice-prefeito Emerson Dell’Agnollo perdeu o mandato por integrar a chapa, mas não teve provas de participação direta no esquema.

A Prefeitura Municipal de José Boiteux ficará sob o comando do presidente da Câmara de Vereadores até a realização de novas eleições.

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