Prefeito de Joinville, Adriano Silva, explica pedido de afastamento votado pela Câmara de Vereadores
Num placar bem apertado, por 8 votos a 7 a denúncia foi arquivada
• Atualizado
O prefeito Adriano Silva (Novo) falou, na manhã desta quarta-feira (5), sobre a votação de afastamento dele, que ocorreu na noite de terça-feira (04) na Câmara de Vereadores de Joinville. Antes, ele havia optado por publicar em suas redes sociais uma nota de repúdio sobre o assunto.
Confira trechos do pronunciamento
“Sobre os radares, a licitação começou antes da lei que obriga aparecer a velocidade. Seguimos a lei vigente no inicio da licitação.”
“Todo questionamento é possivel fazer, inclusive estamos sempre na câmara com transparência. Essa licitação começou em 2021, ela foi judicializada e a prefeitura ganhou o processo. Ficou parado com questão judicial. Se há duvida, que chamem a prefeitura para esclarescimentos. Tirar o prefeito em ato antidemocratico nao é aceitável.”
“O sistema permanece de acordo com o que foi feito em 2021, as alterações sao orçamentárias. A prefeitura vai sempre executar o que está em lei. Se houver decisão judicial contrária, vamos acatar. O processo segue de forma transparente.”
“Sempre mantivemos diálogo e trouxemos política com propósito. Não é a primeira tentativa de CPI, tentaram se aproveitar da ausência de quatro vereadores da base. Não tenho dúvida que a votação foi orquestrada e pensada. Os outros sete vereadores, sem aviso prévio, sem sinal, tentaram tirar o prefeito que foi eleito democraticamente. É um ataque golpista sobre um governo que tem entrega, estão desgatando para ganhos futuros políticos.”
Entenda o caso do pedido de afastamento
A votação tratava sobre uma denúncia feita por uma moradora contra ele, alegando irregularidade com uma licitação de radares de trânsito. A denúncia foi arquivada.
Adriano nega qualquer irregularidade e afirmou em nota que a votação realizada, buscando seu afastamento da prefeitura, é uma “manobra de um grupo com interesses expressamente políticos”. O prefeito frisou ainda que a “denúncia foi feita sem nenhum embasamento e com foco em desqualificar nosso trabalho”.
A denúncia feita pela moradora de Joinville argumentava que o novo edital deveria prever a instalação de radares de velocidade com display luminoso, o que não teria sido observado pela nova publicação da prefeitura. O edital estaria contrariando dispositivos da Lei Municipal nº 9.204, de 27 de junho de 2022, que exige os displays mostrem a velocidade.
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O edital da licitação havia sido publicado antes da lei ser promulgada, mas a licitação foi suspensa e o edital republicado em fevereiro deste ano.
Na votação da Câmara, o vereador Nato Petters (Novo) argumentou que a licitação começou antes da publicação da legislação e citou que há decisão judicial favorável à Prefeitura nesse caso.
Em um placar apertado, por 8 votos a 7 a denúncia foi rejeitada. Cassiano Ucker e Sidney Sabel (ambos do União Brasil), Ana Lúcia Martins (PT), Claudio Aragão (MDB), Cleiton Profeta (PL), Nado (Pros) e Wilian Tonezi (Patriota) votaram a favor do recebimento da denúncia. Alisson Julio e Neto Petters, vereadores do mesmo partido que o prefeito, Adilson Girardi (MDB), Lucas Souza (PDT), Kiko do Restaurante (PSD), Sales (PTB) e Tânia Larson (União Brasil) votaram contra o recebimento da denúncia.
O desempate ficou por conta do presidente da Câmara em exercício no momento, o vereador Érico Vinicius (Novo), que votou pelo arquivamento.
Confira na íntegra a nota de repúdio do Prefeito
“Na tarde de hoje, a manobra de um grupo com interesses expressamente políticos resultou em uma votação na Câmara de Vereadores, buscando o meu afastamento da Prefeitura de Joinville.
O motivo apresentado foi uma denúncia feita sem nenhum embasamento e com foco em desqualificar nosso trabalho. O documento questionava a licitação dos radares, que foi realizada por uma equipe de especialistas dentro da legalidade.
Todo o processo licitatório está disponível no site da Prefeitura (https://www.joinville.sc.gov.br/editalpublico/consulta/cod_edital/3312/secretaria/11). Ele pode ser consultado e auditado por qualquer joinvilense, incluindo os representantes do legislativo, a qualquer momento.
Reforço que a transparência sempre foi um pilar fundamental em todas as atividades do nosso time frente à Prefeitura de Joinville e assim continuará sendo.
Lamento a irresponsabilidade daqueles que querem enfraquecer a democracia para atingir objetivos político-partidários e repudio a atitude daqueles que querem tomar o poder a qualquer custo.
Seguirei trabalhando por uma Joinville feita para as pessoas, honrando meu compromisso de construir uma política com honestidade e responsabilidade.”
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