Prefeito de Barra Velha e secretários são presos em operação que investiga corrupção
Os crimes apurados são de organização criminosa, corrupção e fraudes em licitações
• Atualizado
O prefeito de Barra Velha, Douglas Elias Costa (PL), foi preso na Operação “Travessia”, deflagrada pelo GAECO e o GEAC do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), na manhã desta quarta-feira (24). Além do chefe do executivo, secretários da administração municipal também foram presos na operação que apura crimes de corrupção.
O advogado Wilson Pereira Junior confirmou as prisões à reportagem do SCC10. Ele é o responsável pela defesa do prefeito e de um dos secretários. O jurista informou que o seu cliente está tranquilo e nega qualquer envolvimento.
Conforme o advogado, o prefeito teria ressaltado: “doutor não devo nada, tudo que me perguntarem vou responder”.
O prefeito e os secretários passaram por audiência de custódia na tarde desta quarta-feira (24). O advogado confirmou que ele foi encaminhado à Penitenciária de Itajaí e que a informação que tem no momento é que o mandado de prisão seria preventivo. O jurista informou que já solicitou o acesso aos autos ao Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC), e que após analisar todos os documentos, poderá informar qual será a estratégia defensa.
A reportagem do SCC10 entrou em contato com a Prefeitura de Barra Velha, mas até a publicação da reportagem, não obteve retorno.
Armas e dinheiro apreendidos
A defesa destaca que as armas e o dinheiro apreendidos durante a busca e apreensão da Operação Travessia não são de nenhum do prefeito Douglas Elias Costa (PL) e de nenhum dos secretários. Segundo o advogado Wilson Pereira Junior, ele confirmou com seu cliente e com os secretários, que o material não pertenceria a nenhum deles. “As armas e o dinheiro que estão nas fotos não é de ninguém da prefeitura. Nem dos meus dois clientes, nem dos outros secretários”, afirma.
Operação Travessia
A operação cumpriu oito mandados de prisão e 22 de busca e apreensão expedidos pelo Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC). Os crimes apurados são de organização criminosa, corrupção e fraudes em licitações. A deflagração contou com o apoio da Polícia Científica.
Conforme o MPSC, os fatos são investigados em procedimento investigatório criminal (PIC) em trâmite na Subprocuradoria Geral para Assuntos Jurídicos do Ministério Público, com apoio do Grupo Especial Anticorrupção (Geac), do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) e da Promotoria de Justiça do local dos fatos.
De acordo com o MPSC, os presos serão encaminhados ao Juízo para realização de audiência de custódia. A investigação ainda corre em segredo de justiça, por determinação legal, mas, assim que houver a publicidade dos autos, novas informações poderão ser divulgadas.
As investigações
O Ministério Público iniciou as investigações em fevereiro de 2023, para apurar supostos crimes de corrupção, com participação de agentes públicos e empresários, na execução de obras públicas. Em contrapartida, é investigado o recebimento pelos agentes públicos de vantagens indevidas dos empresários contratados, às custas de aditivos em série e medições supervalorizadas.
O GAECO é uma força-tarefa composta, em Santa Catarina, pelo Ministério Público, Polícia Militar, Polícia Civil, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Penal, Receita Estadual e Corpo de Bombeiros Militar, e tem como finalidade a identificação, prevenção e repressão às organizações criminosas.
O GEAC é um grupo de membros do Ministério Público de Santa Catarina que atua em investigações e ação judiciais de combate à corrupção, cujos fatos revelem maior gravidade ou complexidade.
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