Policial que matou militante do PT tem prisão domiciliar determinada pela Justiça
A defesa do acusado alegou que "as unidades prisionais não possuem estrutura suficiente para garantir o atendimento médico necessário ao réu"
• Atualizado
A Justiça do Paraná decidiu, na noite desta quarta-feira (10), conceder prisão domiciliar para o policial penal federal Jorge Guaranho, acusado de matar o tesoureiro e militante do PT, Marcelo Arruda, em Foz do Iguaçu, no mês passado.
No pedido de substituição de prisão preventiva para domiciliar, a defesa do bolsonarista alegou que “as unidades prisionais não possuem estrutura suficiente para garantir o atendimento médico necessário ao réu”, que recebeu alta nesta quarta (10) do hospital onde estava internado.
Guaranho será monitorado por tornozeleira eletrônica e só poderá deixar sua residência para ir ao hospital em caso de necessidade. O policial também não poderá se mudar sem autorização judicial.
O caso
O guarda municipal Marcelo Arruda foi assassinado a tiros durante sua festa de aniversário de 50 anos, na noite de 9 de julho. A festa tinha como tema o PT e fazia várias referências ao ex-presidente e candidato à Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva.
Segundo o MP, o acusado chegou na festa sem ser convidado, gritando palavras de apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PL). “Ao chegar na festa de Marcelo Arruda, [Guaranho] abrindo a janela de seu veículo, tocando música em alusão a Bolsonaro e gritando coisas como “Lula lixo”, contou o promotor Luiz Marcelo Mafra, ao oferecer a denúncia.
Em entrevista coletiva com os argumentos do Ministério Público, o promotor afirmou ainda que Guaranho retornou à festa, minutos antes de atirar contra o petista, repetindo “aqui é Bolsonaro” e “petista vai morrer tudo”.
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