PGR apresenta denúncia contra Bolsonaro e 33 aliados por tentativa de golpe de Estado
De acordo com a investigação da Polícia Federal (PF), Bolsonaro, junto com outros aliados, teria incentivado e participado de atos contra os Três Poderes
• Atualizado
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi formalmente denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por tentativa de golpe de Estado para se manter no poder após as eleições de 2022. A denúncia, apresentada ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta terça-feira (18) pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, aponta que Bolsonaro e outros 33 acusados tentaram desestabilizar a democracia brasileira.
A acusação inclui crimes como organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado à União, e deterioração de patrimônio tombado. A PGR dividiu a denúncia em cinco peças acusatórias para agilizar o processo, que agora será analisado pelo STF.
De acordo com a investigação da Polícia Federal (PF), Bolsonaro, junto com outros aliados, teria incentivado e participado de atos contra os Três Poderes e o Estado Democrático de Direito. A denúncia foi remetida ao ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, que decidirá, junto à Primeira Turma da Corte, se a denúncia será aceita ou rejeitada.
Bolsonaro, que já havia negado envolvimento em um plano golpista, voltou a se manifestar sobre o caso. Durante uma visita ao Senado, o ex-presidente afirmou estar tranquilo diante da possibilidade de ser denunciado pela PGR.
Relatório da Polícia Federal
A denúncia da PGR vem após um relatório da PF, datado de novembro de 2022, que indicou Bolsonaro e outras 39 pessoas pelo envolvimento na trama golpista. O relatório detalha que o ex-presidente sabia e seria beneficiado por um plano orquestrado por militares para reverter sua derrota nas eleições de 2022.
Além de Bolsonaro, os generais Walter Braga Netto e Augusto Heleno, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, o ex-ministro da Justiça Anderson Torres, e o ex-chefe da Abin Alexandre Ramagem (atualmente deputado federal) também estão entre os citados na investigação.
*Com informações de SBT News
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