PF indicia Bolsonaro no caso das joias sauditas
A investigação apurou o funcionamento de uma organização criminosa
• Atualizado
Nesta quinta-feira (4), a polícia federal (PF) indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro no caso envolvendo as joias sauditas. O relatório parcial da investigação foi enviado ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), relator do caso.
A investigação apurou o funcionamento de uma organização criminosa para desviar e vender presentes de autoridades estrangeiras durante o governo Bolsonaro.
Conforme regras do Tribunal de Contas da União (TCU), os presentes de governos estrangeiros deviam ser incorporados ao Gabinete Adjunto de Documentação Histórica (GADH), setor da Presidência da República responsável pela guarda dos presentes, que não poderiam ficar no acervo pessoal de Bolsonaro.
No entanto, segundo as investigações, os desvios começaram em meados de 2022 e terminaram no início do ano passado. As vendas eram operacionalizadas pelo ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid.
*Em atualização
Joias sauditas dadas a Michelle Bolsonaro são avaliadas em mais de R$ 5 milhões
A Polícia Federal informou, no dia 8 de julho de 2023, que concluiu a perícia no conjunto de joias femininas apreendidas pela Receita Federal, em 2021, com comitiva do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, vindo da Arábia Saudita.
As joias, que entraram no Brasil sob justificativa de serem presentes à ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, são avaliadas em R$ 5,1 milhões, informou a PF. Antes, a estimativa era que o conjunto custasse cerca de R$ 16 milhões.
Da marca Chopard, o conjunto, composto por ouro e pedras preciosas, continha um colar de ouro cravejado em diamantes, um par de brincos, um anel e um relógio de pulso. Segundo a PF, um dos responsáveis pela avaliação foi enviado à sede da Chopard, na Suíça.
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