PF faz buscas em endereços de Zambelli e prende hacker da “Vaza Jato”
Operação busca esclarecer a atuação de indivíduos na invasão aos sistemas da Justiça
• Atualizado
A Polícia Federal prendeu na manhã desta quarta-feira (02) o hacker Walter Delgatti Neto, conhecido por ter dado origem à chamada “Vaza Jato” e cumpriu mandados de busca e apreensão contra a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP). A PF já esteve no apartamento funcional da deputada em Brasília.
A Operação 3FA tem como objetivo esclarecer a atuação de indivíduos na invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e na inserção de documentos e alvarás de soltura falsos no Banco Nacional de Mandados de Prisão (BNMP).
Estão sendo cumpridos dois mandados de busca e apreensão e um mandado de prisão preventiva no estado de São Paulo e três mandados de busca e apreensão no Distrito Federal, além de análise do material apreendido.
Walter Delgatti Neto ficou conhecido por ter dado origem à chamada “Vaza Jato” ao invadir telefones de autoridades envolvidas com a operação Lava Jato. É a terceira prisão de Delgatti: ele estava usando tornozeleira eletrônica depois de ser liberado da prisão em 10 de julho.
Em depoimento à Polícia Federal, Delgatti afirmou que Zambelli e Jair Bolsonaro pediram para que ele invadisse urnas eletrônicas e o celular e o e-mail de Alexandre de Moraes. Ele teria também que teria prestado serviços para Zambelli em janeiro para forjar soltura de presos.
“Os crimes apurados ocorreram entre os dias 4 e 6 de janeiro de 2023, quando teriam sido inseridos no sistema do CNJ e, possivelmente, de outros tribunais do Brasil, 11 alvarás de soltura de indivíduos presos por motivos diversos e um mandado de prisão falso em desfavor do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes”, afirma nota da Polícia Federal.
O ministro da Justiça comentou a operação na manhã desta quarta-feira (02) pelo Twitter.
Perseguição armada
O Supremo Tribunal Federal já marcou o julgamento de Zambelli em outro caso, que trata do episódio na véspera da eleição em que ela discutiu com um apoiador de Lula e o perseguiu com a arma em punho pela rua. O julgamento no STF ocorrerá por meio do plenário virtual, entre os dias 11 e 21 de agosto.
A ação criminal foi apresentada pela Procuradoria Geral da República (PGR), que pede que deputada seja condenada a uma multa de R$ 100 mil reais por danos morais coletivos, além da decretação da pena de perdimento da arma de fogo utilizada no contexto criminoso, bem como o cancelamento definitivo do porte de arma.
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