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PLANEJOU E LIDEROU

PF aponta participação direta de Bolsonaro em plano golpista, diz relatório

Ex-presidente foi indiciado por envolvimento em tentativa de golpe de Estado

• Atualizado

Agência Brasil

Por Agência Brasil

Foto: Carolina Antunes/Gov.br.
Foto: Carolina Antunes/Gov.br.

A Polícia Federal concluiu que o ex-presidente Jair Bolsonaro atuou de forma direta e efetiva para tentar um golpe de Estado em 2022. A afirmação consta no relatório que embasou o indiciamento de Bolsonaro e mais 36 pessoas, acusadas de atentar contra o estado democrático de direito.

O documento, antes sigiloso, teve o acesso liberado nesta terça-feira (26) pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, relator do inquérito sobre a tentativa golpista. Segundo a investigação, Bolsonaro tinha pleno conhecimento e participação nos atos planejados para desestabilizar a democracia brasileira.

O relatório da PF

De acordo com o relatório, Bolsonaro não apenas sabia, mas também planejou e liderou as ações da organização criminosa que tentou implementar o golpe. A PF destacou que o plano, chamado “Punhal Verde e Amarelo”, incluía sequestros e homicídios de autoridades, como o ministro Alexandre de Moraes, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o vice-presidente Geraldo Alckmin.

A investigação reuniu evidências, como registros de visitas ao Palácio da Alvorada, diálogos interceptados, análise de torres de celular e locais de reuniões, que indicam o envolvimento direto do ex-presidente. No entanto, o golpe não se concretizou devido à resistência do alto comando das Forças Armadas, que rejeitou apoiar o movimento.

“Destaca-se a resistência dos comandantes da Aeronáutica, tenente-brigadeiro Baptista Junior, e do Exército, general Freire Gomes, que permaneceram fiéis à defesa do Estado Democrático de Direito”, afirma o documento.

Posicionamento de Bolsonaro

A defesa do ex-presidente ainda não se manifestou. Ontem (25), em coletiva de imprensa, Bolsonaro negou envolvimento e declarou que “nunca discutiu golpe com ninguém”, reiterando que todas as suas ações foram “dentro das quatro linhas da Constituição”.

A investigação da Polícia Federal será agora analisada pelo STF, que decidirá os próximos passos no processo.

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