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Olhar "técnico"

Oposição quer segundo escalão em nova rodada de depoimentos na CPI

Ex-ministros da Saúde e atual titular da pasta, Marcelo Queiroga, serão ouvidos nesta semana

• Atualizado

SBT News

Por SBT News

Foto: Edilson Rodrigues / Agência Senado
Foto: Edilson Rodrigues / Agência Senado

Após senadores definirem a primeira rodada de depoimentos na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, a oposição tenta emplacar com o “G7” que novas oitivas sejam feitas com integrantes do segundo escalão do Governo Federal. A intenção do grupo é conseguir depoimentos com olhar “técnico” de funcionários do governo que colocavam diretamente em prática ordens de ministros. 

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Um requerimento já foi protocolado pela bancada do PT na comissão, assinado pelos senadores Humberto Costa (PE) e Rogério Carvalho (SE), que pedem a presença de quatro secretários do Ministério da Saúde: Hélio Angotti Neto, secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos; Mayra Isabel Correia Pinheiro, secretária de Gestão do Trabalho e da Educação em Saúde; Roberto Dias, diretor do Departamento de Logística em Saúde da Subsecretaria de Assuntos Administrativos; e Sandra de Castro Barros, diretora do Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos.

Há, ainda, um pedido do vice-presidente do colegiado, o líder da oposição na Casa, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), para que Carlos Alexandre Jorge da Costa, secretário especial de Produtividade, Emprego e Competitividade, seja ouvido. O senador quer mais explicações sobre as tratativas em relação às vacinas, que ocorreram no âmbito da pasta. 

Os ex-ministros da Saúde Luiz Henrique Mandetta (DEM) e Nelson Teich serão os primeiros a falarem ao colegiado. Os depoimentos dele estão marcados para terça-feira (04). Na quarta-feira (05), é a vez do mais recente ex-ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello falar à CPI. A expectativa é de que o militar seja convocado mais de uma vez para justificar ações no combate à pandemia. No dia seguinte, será realizada a oitiva de Marcelo Queiroga, atual comando da pasta, e do diretor-presidente da Anvisa, Antônio Barra Torres.

O colegiado tentou convocar Fabio Wajngarten, ex-secretário especial de Comunicação Social da Presidência, mas governistas reivindicaram e conseguiram postergar a análise da convocação dele. Aliados do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) querem restringir os convites a autoridades que não sejam do Ministério da Saúde, temendo desgastar ainda mais o governo. No entanto, o “G7” acredita que não tenha como separar a Economia da Saúde no combate à pandemia — sobretudo após a aprovação do Orçamento de 2021, que cortou mais de R$ 2 bilhões do ministério de Queiroga em meio à crise. 


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