Deputados querem incluir Olavo de Carvalho no Livro dos Heróis da Pátria
PLs protocolados com esse objetivo dizem que escritor era saudado pela crítica como pensador audacioso
• Atualizado
Deputados federais protocolaram nesta quarta-feira (2) ao menos dois Projetos de Lei (PLs) distintos para inscrever o nome do falecido escritor e ideólogo de direita Olavo de Carvalho no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria. O primeiro (90/2022) leva a assinatura de nove parlamentares.
São eles: Carla Zambelli (PSL-SP), Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PSL-SP), Carlos Jordy (PSL-RJ), Junio Amaral (PSL-MG), Filipe Barros, Coronel Tadeu (PSL-SP), Major Fabiana, Sanderson (PSL-RS) e Daniel Silveira (PSL-RJ). O projeto prevê que a lei entrará em vigor passados dez anos do falecimento de Olavo, que ocorreu no último dia 24 de janeiro. Na justificativa do PL, os deputados afirmam que o escritor “era e continuará sendo saudado pela crítica como um dos mais originais e audaciosos pensadores brasileiros”.
“Homens de orientações intelectuais tão diferentes quanto Jorge Amado, Arnaldo Jabor, Ciro Gomes, Roberto Campos, J. O. de Meira Penna, Bruno Tolentino, Herberto Sales, Josué Montello e o ex-presidente da República José Sarney já expressaram sua admiração pela sua pessoa e pelo seu trabalho”, completam. Já o segundo PL (95/2022) é de autoria da deputada federal Bia Kicis (PSL-DF). Este texto, por sua vez, prevê que a lei entrará em vigor na data da publicação.
A justificativa repete a frase do outro e, no fim, pontua: “a defesa intransigente da liberdade, a valorização da busca pelo conhecimento e a postura de participação cívica que sempre caracterizaram o Professor Olavo de Carvalho, dentre outras qualidades e serviços que permanecerão, para sempre, nos corações e mentes das gerações que com ele conviveram, o tornam mais que merecedor da homenagem proposta no presente projeto de lei”.
Olavo foi considerado guru da família do presidente Jair Bolsonaro (PL) e um polemista. Em 2021, a Justiça do Rio de Janeiro manteve determinação para que o ideólogo pagasse uma multa de R$ 2,9 milhões ao cantor e compositor Caetano Veloso, por manter publicações, nas redes sociais, chamando o artista de “pedófilo”.
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