Sol Urrutia

Primeira mulher comentarista política do grupo SCC SBT/SCC10. Jornalista especializada em gestão de comunicação pública e privada. Atua em comunicação política e eleitoral desde 2002.


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PIX

O pix, a desinformação e as falhas na comunicação

Para desmentir os boatos que circulam na Internet, a Federação Brasileira de Bancos precisou emitir uma nota de esclarecimentos

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Foto: divulgação redes sociais @fernandhaddadoficial
Foto: divulgação redes sociais @fernandhaddadoficial

A polêmica causada após a divulgação de um vídeo manipulado do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sobre a possível taxação do Sistema de Pagamentos Instantâneos, o popular PIX , acima de R$ 5 mil, gerou desinformação e já resulta em prejuízos para a população que está insegura com relação ao uso do sistema.

Para desmentir os boatos que circulam na Internet, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) precisou emitir uma nota, na terça-feira, 14. O governo federal também informou que deve lançar uma campanha publicitária emergencial para esclarecer à população.

Segundo o comunicado da Febraban, a transação bancária criada pelo Banco Central em 2020 continua igual, gratuita e sem qualquer alteração para o usuário. A federação explica que não haverá qualquer taxação ou cobrança de imposto sobre o PIX. E reafirma que a Receita Federal apenas atualizou o monitoramento que já existia sobre movimentações financeiras para coibir fraudes e sonegação fiscal.

As falhas na forma de divulgação por parte da Receita Federal sobre essas atualizações gerou uma onda de ataques e desinformação nas redes sociais. Em diversos cenários da economia, a falta de informações precisa sobre possíveis alterações no monitoramento das movimentações já vem causando prejuízos.

Além do medo dos consumidores de serem fiscalizados, dados já demonstram a queda no número de transações. Dados divulgados pela Agência O Globo apontam que o número de transações realizadas por meio do Pix registrou uma queda significativa entre os dias 4 e 10 de janeiro de 2025.

De acordo com dados do Sistema de Pagamentos Instantâneos (SPI) do Banco Central, o volume de transações por meio do PIX teve uma redução de 10,9% em relação ao mesmo período de dezembro de 2024. De acordo com as informações, esse recuo é o maior já registrado desde o lançamento do PIX.

Entenda o caso

Logo após a divulgação do vídeo manipulado, Fernando Haddad desmentiu o boato em entrevistas e em um novo vídeo. Segundo o ministro, as fake news prejudicam o debate público e a democracia. “Imposto sobre PIX. Mentira. Imposto sobre quem compra dólar. Mentira. Imposto sobre quem tem animal de estimação. Mentira”, afirmou.

Sobre a nova regra da Receita Federal, a mudança que ela vai trazer é a obrigação das empresas de pagamento de informar ao fisco sobre as movimentações de pessoas físicas superiores a R$ 5 mil mensais, assim como já fazem os bancos. A medida é válida tanto para o Pix quanto para outras formas de pagamento.

Segundo o governo federal, a alteração nas regras tem a função de facilitar o combate à evasão fiscal e sonegação de impostos. A Receita já esclareceu, em nota, que não existem meios que possibilitem a identificação da origem ou das características dos pagamentos.

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