“Não tem verdade nenhuma”, afirma Hang sobre perguntas da CPI da Covid
Fake news, gabinete paralelo, tratamento precoce e a morte da mãe dele estavam na pauta da CPI
• Atualizado
O empresário Luciano Hang, dono das lojas Havan, de comércio varejista, foi o depoente desta quarta-feira (29) na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, no Senado Federal. A sessão foi suspensa às 12h e foi retomada cerca de 45 minutos depois. Por volta das 17h23min, a sessão chegou ao fim.
O catarinense respondeu a questionamentos sobre a defesa do chamado tratamento precoce e divulgação de fake news, assim como a denúncia de fraude na declaração de óbito da mãe do empresário, que morreu em decorrência da Covid-19.
Durante a coletiva de imprensa após a sessão, Luciano Hang afirmou que perguntas da CPI da Covid “não tem verdade nenhuma”.
>> Confira a sessão na íntegra:
“Vocês têm narrativas, não provas”, diz Luciano Hang à CPI da Covid
Ao ser questionado sobre declaração de que sua mãe faleceu em decorrência da não adoção do “tratamento preventivo” para a Covid-19, Luciano Hang afirmou que os senadores foram conduzidos ao erro. “Vocês têm narrativas, não provas”, disse o empresário. A pergunta ao depoente partiu do relator do colegiado, Renan Calheiros (MDB-AL). “De onde vem essa submissão de mentir sobre a morte da sua própria mãe para não prejudicar a estratégia para ocultar a ineficácia do ‘tratamento precoce’, sem comprovação científica alguma?”, questionou o parlamentar.
O empresário da rede varejista Havan informou à CPI que a sua mãe não realizou o “tratamento preventivo”, mas o “precoce”. De acordo com Hang, o primeiro seria sobre tomar vitaminas para fortalecer o corpo e o segundo, o “precoce”, é o uso de hidroxicloroquina, ivermectina, azitromicina, ou seja, o chamado “kit covid”, para tratar a Covid-19. “Preventivo é uma coisa, precoce é outra, eu vou desenhar”, ironizou Luciano Hang. Os senadores criticaram a tentativa de explicação do empresário sobre as duas alternativas, que não têm base científica.
Antes de ser contaminada com a Covid-19, a mãe de Hang, segundo o empresário, não usou nenhuma vitamina ou remédio como forma de tentar não contrair o coronavírus, o que não existe, já que a única forma de diminuir o risco de morte são as vacinas. O motivo, apresentado por Luciano, era que a mãe tinha muitas comorbidades. No entanto, ao ser diagnosticada com a doença, ela foi internada em um hospital comandado pela Prevent Senior. “Eu permiti que a Prevent Senior pudesse fazer de tudo que estivesse disponível para salvar a minha mãe”, disse Hang.
** Com informações do SBT News
“Eu não tomei a vacina, porque eu tenho um índice de anticorpos altíssimo”, explica o empresário
Quando acusado de ser negacionista e questionado se havia tomado a vacina contra o novo coronavírus, o catarinense apresentou o laudo médico e alegou, assim como o Presidente Jair Bolsonaro, ter um índice de anticorpos alto, algo que, segundo especialistas, não exclui a necessidade de vacinação.
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Antes da sessão, Hang se pronunciou:
Ao chegar ao Senado, Hang disse à imprensa que, desde o início da CPI, orientou seus advogados a não buscar habeas corpus. “Nada melhor que ter a verdade ao seu lado. Estou sozinho como um brasileiro normal, como um comerciante, mas, tenho a certeza que estou com Deus e milhões de brasileiros que querem um Brasil melhor”, declarou.
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Nas redes sociais, o empresário afirmou que estava tranquilo. Confira:
>>“Será um prazer” comparecer à CPI da Covid, diz Luciano Hang
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