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“Não será só um partido”, diz Lula em evento com Simone Tebet

Petista incorporou propostas de candidata e colocou prioridade no combate à fome no Brasil

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SBT News

Por SBT News

Terceira colocada no 1º turno, Simone Tebet apoia a candidatura de Lula, e participou de evento ao lado do petista | Foto: Ricardo Stuckert
Terceira colocada no 1º turno, Simone Tebet apoia a candidatura de Lula, e participou de evento ao lado do petista | Foto: Ricardo Stuckert

Em uma primeira aparição pública ao lado de Simone Tebet (MDB), que decidiu apoiar a candidatura petista, o candidato à Presidência Luiz Inácio Lula da Silva fez um discurso voltado para pautas econômicas e com críticas aos cortes na educação nesta sexta-feira (7). No início do evento, Lula disse que, se eleito, seu governo não será apenas conduzido pelo Partido dos Trabalhadores. E que a intenção é abarcar propostas de outros partidos, como as indicadas por Tebet. 

“Não será só um partido político. Não será só um agrupamento ideológico. Não será apenas uma parte da sociedade brasileira. Todos os brasileiros e brasileiras de bem, todas as pessoas que amam a democracia, todas as pessoas que amam a repartição da riqueza de um país têm que participar desse processo, e temos que fazer o Brasil retomar a normalidade. O Poder Judiciário, o Poder Executivo, as instituições voltarem a funcionar”, disse.

O candidato destacou ter incorporado sugestões de Tebet ao seu plano de governo. Segundo a senadora, os acordos incluem zerar filas atrasadas pela pandemia no atendimento médico, direcionar mais recursos ao Sistema Único de Saúde (SUS) e salários igualitários entre homens e mulheres no mercado de trabalho. Com as confirmações, a emedebista disse se comprometer em conceder “total apoio à campanha e ao governo”.

“Fica aqui, a partir de agora, o compromisso não apenas do meu voto, mas do meu total apoio à sua campanha e ao seu governo. Vamos juntos até 30 de outubro, andar às ruas e nas praças do Brasil para mostrar que o Brasil que nós queremos é um Brasil de todos nós só pode ser feito e construído pelas mãos de Lula e de Geraldo Alckmin”, destacou Tebet.

Ao longo das declarações, Lula enfatizou a intenção em combater a fome. Afirmando que o Brasil retrocedeu ao tratar o problema. “Tanta gente jogada na rua, embaixo de cobertor, embaixo de lona, coisa que a gente tinha exterminado”, afirmou. O petista também disse que o cenário é inaceitável em um “país que é o terceiro produtor de alimentos do mundo, o primeiro produtor de comida no mundo, e que já foi a quinta economia do mundo”, indicando importância na distribuição de renda no país. O petista ainda disse que todos os avanços só poderão ser alcançados se houver “uma revolução na educação”.

Bolsonaro

Lula também rebateu declarações dadas mais cedo contra ele, por parte do presidente Jair Bolsonaro (PL), que atualmente tenta a reeleição. O petista disse que não responderá no mesmo tom que o mandatário, e relembrou fala dada pelo presidente no início da semana, associando o bom desempenho de Lula na região ao analfabetismo.

“Ele tem que aprender uma lição de vida. Um homem que é chefe de estado não pode ficar nervoso. Não pode ficar irritado, não falar bobagem, como ele falou de nordestinos nesses dias. Não pode ameaçar cortar verba da educação, da creche, da universidade, como ele fez”, apontou.

Tebet em governo?

Lula fez uma série de elogios à campanha de Tebet, afirmando que ela atingiu um marco entre as mulheres ao longo das eleições. Indagado se teria feito um convite para que a senadora integrasse um futuro governo, Lula negou. Assim como ela.

“Isso não é um negócio. Isso é uma ação programática. A Simone com toda a sua seriedade da sua vida política, na primeira conversa que ele teve comigo ela apresentou pontos que para ela significam de muita importância para execução de um programa. E eu acho que é isso que ela tem que cobrar todo dia, até que a gente execute tudo o que está aqui”, justificou Lula, se referindo aos pontos que a emedebista elencou para a campanha do candidato do PT.

Lula indicou que deverá fazer alianças plurais e alinhadas ao centro, para manter a governabilidade em um eventual mandato a partir de 2023. “A gente não pode montar um governo antes de ganhar. E a gente sabe que esse país não vai ser governado por um único partido ou uma única ideologia. A gente tem que juntar muita gente para formar um governo”, adiantou.
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