Mulher surda resgatada em casa de desembargador encontra ministro dos Direitos Humanos
Encontro ocorreu na terça-feira (1º), na sede do Ministério Público do Trabalho de Santa Catarina
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O ministro de Estado dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida, conheceu Sônia Maria de Jesus, trabalhadora resgatada em condições análogas à escravo na casa do desembargador Jorge Luiz de Borba, em Blumenau, em junho deste ano. O encontro ocorreu na terça-feira (1º), na sede do Ministério Público do Trabalho de Santa Catarina (MPT).
Na ocasião, juntamente com a Secretária Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, o ministro Silvio Almeida se inteirou dos processos de inclusão social, comunitária e educacional aos quais Sônia tem se integrado.
A Presidente da Associação de Surdos da Grande Florianópolis, Sandra Lúcia Amorim, relatou que ela tem participado de aulas propostas, como dança, ginástica, Libras. Além disso, tem bom vínculo com os colegas, demonstrando boa memória e maior capacidade de expressão quando exposta aos estímulos visuais, e quando encorajada por professores ou colegas.
“O principal foco na continuidade do processo educativo é iniciar o ensino dos sinais referentes às pessoas e cumprimentos, pois ela ainda demonstra não compreender nomear a si ou às pessoas do dia a dia, bem como tem dificuldades de comunicação básica como pedir para ir ao banheiro ou sinalizar que está com fome”, explicou Sandra.
A visita foi organizada em conjunto com a Auditoria Fiscal do Trabalho da Superintendência Regional do Trabalho em Santa Catarina. O ministro, que cumpria agenda na capital catarinense, compareceu à sede da Procuradoria Regional do Trabalho da 12ª Região, acompanhado da Secretária Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Anna Paula Feminella.
Pela manhã, o ministro participou do evento “Diálogos interseccionais da deficiência”, na Universidade Federal de Santa Catarina, que também contou com a presença do Procurador-Chefe do MPT em Santa Catarina, Piero Menegazzi, dentre outras autoridades.
O evento tratou sobre a construção do “Plano viver Sem Limites 2”, que abrange políticas públicas direcionadas às pessoas com deficiência e suas famílias, e que também envolve o debate sobre acesso ao mundo do trabalho, um dos focos da atuação do Ministério Público do Trabalho.
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