MPF denuncia deputado Júlio Garcia e mais 5 pessoas por lavagem de dinheiro
A denúncia traz pagamentos realizados pelo operador financeiro para a aquisição de bens
• Atualizado
A força-tarefa do Ministério Público Federal (MPF) em Santa Catarina ajuizou, nesta segunda-feira (14), uma denúncia contra o presidente da Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc), deputado Julio Garcia (PSD), familiares próximos dele e um empresário que atuava como operador financeiro. Todos são acusados de lavagem de dinheiro.
Os procuradores da República pedem na denúncia que seja feita a reparação integral do dano, de no mínimo R$ 2.337.691,31. A denúncia traz vultosos pagamentos realizados pelo operador financeiro para a aquisição de bens – apartamentos, terreno e 103 vagas de garagem em prédio comercial – e outras despesas pessoais do deputado e de seus familiares, com recursos vindos de contratações e licitações fraudadas pela organização criminosa.
Foram ainda identificadas doações para entidades assistenciais e eventos esportivos, pagamentos realizados para assessores e motoristas particulares e pagamentos de viagens para o exterior, buffet de luxo servido em sítio do ex-conselheiro, despesas com veículos e aquisição de móveis de luxo e até mesmo possíveis pagamentos realizados a uma jornalista, que veiculava matérias favoráveis ao ex-conselheiro.
De acordo com informações da MPF, todos os valores de propina que foram objeto de lavagem são de licitações e contratações fraudadas e, em alguns casos, superfaturadas, realizadas até 2018.
Em nota, o advogado de defesa de Júlio Garcia, César Abreu, afirma que a denúncia é especulativa. Diz ser construída a partir do conhecimento da existência de uma relação longeva de amizade mantida entre Júlio Garcia, Jefferson Colombro e Nelson Nappi. Afirma ainda que é uma denúncia pautada na afirmação da existência de outros crimes, mas sem demonstração ou comprovação de participação direta ou indireta de Júlio Garcia.
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