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Ministério Público argentino pede 12 anos de prisão para Cristina Kirchner

A ex-presidente negou as acusações

• Atualizado

SBT News

Por SBT News

Reprodução | Twitter | CFKArgentina
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O Ministério Público da Argentina pediu nesta segunda-feira (22) 12 anos de prisão para a ex-presidente e atual vice-presidente do país, Cristina Kirchner, considerando-a a “chefe” de um esquema de “corrupção sistemática” envolvendo obras públicas que causou milhões de dólares em danos ao Estado.

O procurador federal Diego Luciani também pediu a inelegibilidade perpétua para qualquer cargo político de Kirchner. Ao solicitar a condenação da ex-presidente pelos supostos crimes de associação ilícita e fraude, Luciani afirmou que a Argentina está “diante da maior manobra de corrupção que se conhece no país.”

A ex-presidente nega as acusações e afirmou por meio de suas redes sociais que “não está diante de um tribunal da Constituição, mas de um pelotão de fuzilamento midiático-judicial”.

Este é o primeiro pedido de sentença contra a ex-presidente nas dezenas de processos judiciais por diversos crimes que foram instaurados contra ela, alguns dos quais foram arquivados e outros continuam sob investigação.

Kirchner, de 69 anos, é acusada de ter liderado uma associação criminosa que beneficiou o empresário Lázaro Báez, na província de Santa Cruz, no Sul da Argentina, com cerca de 51 obras rodoviárias — muitas delas inacabadas –, além de fraudes em detrimento da administração pública. Segundo a Promotoria, a empresa Austral Construcciones liderada por Báez foi uma estrutura criada para extrair recursos do Estado por meio de licitações e quando terminou o mandato de Kirchner (2007-2015), a empresa desapareceu. “A Austral Construcciones só poderia subsistir com a proteção e anuência do então presidente”, disse Luciani.

Outras 12 pessoas são acusadas, incluindo vários ex-funcionários e Báez. O procurador pediu 12 anos de prisão contra o empresário e 10 anos para o ex-ministro responsável pelas obras públicas, Julio De Vido.

Espera-se que o tribunal emita a sentença no final do ano, que pode ser apelada em várias instâncias e não será válida até que seja definitiva.

No Twitter, a ex-presidente Dilma Rousseff saiu em defesa de Cristina Kirchner, que a apoiou durante o processo de impeachment em 2016. “Cristina Kirckner é vítima de mais um ato brutal de lawfare e de perseguição política”, iniciou Dilma em uma série de publicações na rede social.

A ex-presidente afirma que as acusações contra Kirchner jamais foram comprovadas e afirmou tratar-se “de pura perseguição judicial e midiática”. “É o método que a extrema direita adota no continente para interditar líderes que vivem no coração do povo.”, declara. Rousseff finaliza com uma mensagem de solidariedade à companheira política.

* Com informações da Associated Press

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