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Manifestações

Manifestantes protestam por estudante presa em ato pela democracia

Segundo informações da Polícia Militar, a estudante foi flagrada fazendo pichações durante o ato

• Atualizado

Giovanna Pacheco

Por Giovanna Pacheco

Foto: divulgação/Elenira Vilela
Foto: divulgação/Elenira Vilela

Na manhã desta sexta-feira (12), manifestantes organizam uma vigília para protestar por uma estudante da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) que foi presa durante o ato pela democracia na noite da quinta-feira (11). Segundo informações da Polícia Militar, a estudante foi flagrada fazendo pichações durante o ato em Florianópolis.

Segundo a professora Elenira Oliveira Vilela, que já foi candidata a vereadora pelo PT (Partido dos Trabalhadores) e acompanhou o protesto, a estudante foi levada para a penitenciária e a polícia garantiu que iam deixá-la separada de outras detentas. A professora, que também acompanhou a estudante na delegacia, afirma que a jovem foi acusada de desacato, agressão leve, desobediência, resistência e dano contra o patrimônio.

Elenira afirma que “eles inventaram muitas acusações de desacato, agressão. Nós vamos fazer uma vigília em frente à Central de Polícia até que tenha a audiência de custódia e que ela seja liberada. Não tem porque uma pessoa portando quatro tubinhos de tinta e um estêncil, realmente ficar encarcerada”. 

Como a estudante de 23 anos foi presa em flagrante, ela deve passar por uma audiência de custódia nesta tarde. A Polícia Militar esclarece, por meio de nota, que no momento da prisão os policiais foram cercados e os manifestantes tentam libertá-la. “Logo, precisou-se da força necessária para o devido afastamento dos policiais que estavam em menor número. Um policial foi ferido no rosto”.

Já a Polícia Civil informa que “por prova testemunhal, imagens e laudo de uma forte mordida no braço do policial militar, ela foi autuada em flagrante delito pelos crimes de pichação e dano ao patrimônio público (lei 9.605), desacato, resistência e lesão corporal ao policial militar”.

Ainda segundo a professora, diversas pessoas foram agredidas durante o protesto, inclusive ela. “Eu fui agredida, estava tentando acalmar os policiais e impedir que houvesse um conflito. Eu me aproximei justamente para isso. Eu estou com um hematoma bem grande na minha coxa. A própria menina está com um machucado no cotovelo e um outro estudante levou um tiro no pé”.

O presidente do Sindicato dos Jornalistas de Santa Catarina, Fábio Bispo, publicou nas redes sociais um vídeo que mostra o momento da ação da polícia durante o ato pela democracia.

Já o Coronel da Reserva da Polícia Militar de Santa Catarina, Comandante Araújo Gomes, publicou nas redes sociais uma outra denúncia de pichações. Veja o vídeo:

Leia a nota da Polícia Militar na íntegra

A Polícia Militar de Santa Catarina, através desta, vem atualizar o seu posicionamento a respeito da ocorrência registrada durante manifestação realizada nas ruas centrais de Florianópolis, na última quinta-feira, 11, no final da tarde.

Ocorrência acompanhada e atendida por policiais do 4º Batalhão de Policia Militar (Capital).

1) Durante a manifestação, houve a observação de flagrante crime com uma mulher pichando um imóvel, depredando-o, conforme registro em anexo;

2) No momento da prisão os policiais foram cercados e os manifestantes tentaram libertar a detida. Desta forma, foi necessário o uso progressivo da força para o devido afastamento dos policiais que estavam em menor número;

3) Além das varias ofensas verbais, um policial foi ferido no braço, como relatado em foto em anexo;

4) A feminina presa em flagrante foi encaminhada para a Polícia Civil. Em nota, a Polícia Civil destacou que:

“A respeito do fato, a mulher foi encaminhada pela Polícia Militar na noite de quinta-feira (11/08) à Central de Plantão Policial (CPP) da Polícia Civil, em Florianópolis. Diante de situação flagrancial respaldada por prova testemunhal, imagens e laudo de uma forte mordida no braço do policial militar, ela foi autuada em flagrante delito pelos crimes de pichação e dano ao patrimônio público (lei 9.605), desacato, resistência e lesão corporal ao policial militar. Depois, ainda à noite, ela foi encaminhada ao sistema prisional da Capital, onde aguarda por audiência de custódia com o Judiciário.”

5) Desta forma, a Polícia Militar de Santa Catarina ressalta que também foram registradas outras diversas depredações em prédios e bens de uso comum da comunidade (conforme fotos em anexo);

6) A PMSC sublinha que acompanha ao longo dos anos toda e qualquer tipo de manifestação, prestando todo apoio e orientação para que sejam realizadas de forma pacífica e com respeito aos princípios constitucionais, como tem ocorrido em inúmeros eventos deste tipo nos últimos anos;

7) Diante dos fatos, com a lesão do policial militar, ferido em serviço, a PMSC está instaurando Inquérito Policial Militar para apuração dos fatos e de responsabilidades;

A Polícia Militar de Santa Catarina reafirma o seu compromisso com a sua missão constitucional de manutenção e de preservação da ordem pública, agindo sempre e de acordo com a lei.

Polícia Militar de Santa Catarina
4º Batalhão de Polícia Militar

A nota da Polícia Militar foi atualizada na última edição desta matéria.

Leia o posicionamento da Polícia Civil na íntegra

A respeito do fato, a mulher foi encaminhada pela Polícia Militar na noite de quinta-feira (11/08) à Central de Plantão Policial (CPP) da Polícia Civil, em Florianópolis. Diante de situação flagrancial respaldada por prova testemunhal, imagens e laudo de uma forte mordida no braço do policial militar, ela foi autuada em flagrante delito pelos crimes de pichação e dano ao patrimônio público (lei 9.605), desacato, resistência e lesão corporal ao policial militar. Depois, ainda à noite, ela foi encaminhada ao sistema prisional da Capital, onde aguarda por audiência de custódia com o Judiciário.

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