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Lula diz que quer “Integração da América do Sul”

Fala ocorreu durante reunião com autoridades latinas no Palácio do Itamaraty

• Atualizado

SBT News

Por SBT News

Brasília (DF), 16/05/2023 – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante a abertura do seminário Transparência e Acesso à Informação: Desafios para uma Nova Década. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Brasília (DF), 16/05/2023 – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante a abertura do seminário Transparência e Acesso à Informação: Desafios para uma Nova Década. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

“Enquanto estivermos desunidos, não faremos da América do Sul um continente desenvolvido em todo o seu potencial”, disse o presidente Lula na abertura de reunião com presidentes de países da América do Sul, realizada no Palácio do Itamaraty nesta terça-feira (30).

Além de dez presidentes de países do continente, participou do encontro um representante do governo do Peru (saiba mais abaixo). A reunião foi organizada pelo próprio petista, que busca retomar a cooperação entre as nações da América do Sul. 

Integração 

Durante a fala, Lula disse que a integração do continente é “essencial” para o fortalecimento da América Latina e do Caribe enquanto identidade e resgatou a luta de países contra ditaduras. 

“A integração da América do Sul depende desse sentimento de pertencer a uma mesma comunidade”, disse. “Temos uma história de resistência, forjada nas lutas de independência e no combate às ditaduras”, lembrou.

“Juntos somos a quinta economia global”

O presidente também afirmou que a América do Sul unida consegue enfrentar as ameaças sistêmicas da atualidade. “Nossa região possui trunfos sólidos para fazer face a esse mundo em transição”, disse. O petista então listou indicadores do continente, que alçam a América do Sul a um patamar de destaque.

  • “O PIB somado de nossos países neste ano deverá chegar a 4 trilhões de dólares. Juntos somos a quinta economia global”, disse. 
  • “Com uma população de quase 450 milhões de habitantes, constituímos importante mercado de consumo”, afirmou.
  • “Possuímos o maior e mais variado potencial energético do mundo, se levarmos em conta as reservas de petróleo e gás, hidroeletricidade, biocombustíveis, energia nuclear, eólica e solar e o hidrogênio verde”, falou. 
  • “Contamos com mais de um 1/3 das reservas de água doce do mundo e uma biodiversidade riquíssima, pouco conhecida”, apontou.

O presidente ainda lembrou que a América Latina é uma “região de paz, sem armas de destruição em massa, e na qual os litígios são resolvidos pela via diplomática”.

Objetivos da integração 

Lula também listou algumas iniciativas que podem ser perseguidas a partir da reunião que acontece hoje. Veja algumas abaixo:

  • Colocar a poupança regional a serviço do desenvolvimento econômico e social
  • Criar uma unidade de referência comum para o comércio, reduzindo a dependência de moedas estrangeiras
  • Facilitar procedimentos de exportação e importação de bens
  • Reativar o Instituto Sul-Americano de Governo em Saúde, fortalecendo o complexo industrial de saúde 
  • Criar programa de mobilidade regional para estudantes, pesquisadores e professores no ensino superior

Lula disse que, com base no que for conversado na reunião de hoje, esse grupo deve ter 120 dias para apresentar um mapa do caminho para a integração da América do Sul.

Reunião

Participaram da reunião os presidentes Alberto Fernández, da Argentina, Luís Arce, da Bolívia, Gabriel Boric, do Chile, Gustavo Petro, da Colômbia, Guillermo Lasso, do Equador, Irfaan Ali, da Guiana, Mário Abdo Benítez, do Paraguai, Chan Santokhi, do Suriname, Luís Lacalle Pou, do Uruguai, e Nicolás Maduro, da Venezuela. A presidente do Peru, Dina Boluarte, será representada pelo líder do Conselho de Ministros, Alberto Otárola.

O evento tem duas sessões: pela manhã, quando houve a fala de Lula e as demais intervenções dos presidentes.

De tarde, acontecerá uma conversa mais informal, em que cada presidente será acompanhado pelo respectivo chanceler e apenas um ou dois assessores.

Já à noite, todos participarão de um jantar no Palácio da Alvorada.

A ideia é retomar o diálogo e a cooperação com países sul-americanos e identificar denominadores comuns. Segundo o governo federal, entre as principais pautas que serão discutidas entre os líderes estão questões comuns nas áreas de saúde, infraestrutura, energia, meio ambiente e combate ao crime organizado.

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