Lula embarca para a China com expectativa de 20 acordos bilaterais
Inicialmente, a viagem de Lula a Pequim estava programada para o fim de março, mas precisou ser adiada após o presidente ser diagnosticado com influenza e pneumonia
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) embarca, nesta terça-feira (11), para a China. O mandatário estará acompanhado de uma comitiva com empresários, governadores, parlamentares e ministros, que ficarão no país asiático até o fim da semana. A expectativa é que cerca de 20 acordos bilaterais sejam assinados durante o período.
Inicialmente, a viagem de Lula a Pequim estava programada para o fim de março, mas precisou ser adiada após o presidente ser diagnosticado com influenza e pneumonia. Parte da delegação que já havia viajado, contudo, continuou no país, o que gerou acordos importantes para o Brasil, como a suspensão do embargo à carne bovina.
Pela nova programação, a visita da comitiva brasileira à China começa na quinta-feira (13), em Xangai. De manhã, Lula participa da cerimônia de posse da ex-presidenta Dilma Rousseff no comando do Novo Banco de Desenvolvimento (BRICS). Posteriormente, o petista terá encontros com empresários e, à noite, voltará para Pequim.
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Já na sexta-feira (14), a agenda oficial na capital chinesa inclui uma reunião com o Presidente da Assembleia Popular Nacional, Zhao Leji, e encontros com lideranças sindicais. À tarde, Lula se reúne com o premiê chinês, Li Qiang, e com o presidente Xi Jinping, com quem deverá assinar os acordos bilaterais.
Entre os acordos propostos está a construção do CBERS-6, o sexto de uma linha de satélites construídos em parceria entre Brasil e China. O diferencial do novo modelo é uma tecnologia que permite o monitoramento de biomas como a Floresta Amazônica mesmo com nuvens. Pautas como turismo e comércio também serão abordadas.
Em entrevista ao programa “A Voz do Brasil”, na segunda-feira (10) Lula disse que quer construir parcerias com os chineses e atrair investimentos ao país na área de infraestrutura.
“Vamos consolidar nossa relação com a China. Vou convidar o Xi Jinping para vir ao Brasil, para uma reunião bilateral, para conhecer o Brasil e para mostrarmos os projetos que temos interesse de investimento dos chineses”, adiantou.
E concluiu afirmando que “o Brasil tem uma belíssima relação com a China. Fazemos parte do BRICS juntos. É o nosso principal parceiro comercial. E vamos tentar vender mais as coisas que produzimos para eles. Vamos fortalecer essa relação”.
Outro ponto que deve ser citado por Lula é a guerra na Ucrânia. Isso porque, assim como outros líderes mundiais, o presidente acredita que Pequim é o único país capaz de ter um impacto imediato no conflito, já que possui fortes laços com a Rússia. A ideia é criar um grupo neutro para mediar os diálogos entre os países, levando a um cessar-fogo.
Esta será a terceira visita oficial de Lula à China – principal parceiro financeiro do Brasil. A relação entre os dois países se estreitou em 2004, com a primeira visita do presidente a Pequim, e depois, em 2009. Antes de deixar o país e embarcar para Abu Dhabi, capital dos Emirados Árabes Unidos, Lula deve convidar Xi para visitar o Brasil.
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