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Zonas de conflito

Lula diz que Netanyahu quer “acabar com a Faixa de Gaza”

Presidente brasileiro reforça que ato de Hamas em 7 de outubro foi terrorista, mas definiu reação de Israel como "insanidade"

• Atualizado

SBT News

Por SBT News

Foto: SBT News/Reprodução
Foto: SBT News/Reprodução

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva falou em um café da manhã com jornalistas, nesta sexta-feira (27), que o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu quer “acabar com a Faixa de Gaza”. O chefe do Palácio do Planalto reforçou ainda a posição do Brasil de que o Hamas cometeu um ato terrorista com os ataques de 7 de outubro que deram início ao conflito.

“O ato do Hamas foi terrorista. Nós dissemos isso em alto e bom som. Não é não é possível fazer um ataque, matar inocente, sequestrar gente, da forma que eles fizeram, sem medir as consequências que acontecem depois. O que agora, o que nós temos, é a insanidade também do primeiro ministro de Israel, querendo acabar com a Faixa de Gaza. Se esquecendo que lá não tem só soldado do Hamas. Que lá tem mulheres, tem crianças que são as grandes vítimas dessa guerra”, disse o presidente, que ainda explicou que o Hamas não é considerado um grupo terrorista pelo Conselho de Segurança da ONU porque ele disputou as eleições da Faixa de Gaza e ganhou.

Lula ainda falou sobre a situação dos brasileiros que acabaram presos em zonas de conflito, principalmente na Faixa de Gaza. Desde o início dos confrontos, o governo brasileiro já resgatou centenas de cidadãos em Israel, mas as pessoas que estão em Gaza não conseguem deixar o país. Além do cerco israelense a todo o território, outros países que fazem fronteira com a região, como Egito, não liberaram as fronteiras por uma série de questões políticas. Ainda há 32 cidadãos brasileiros na Faixa de Gaza – e familiares – que manifestaram interesse em serem repatriados. 

“Nós não deixaremos um único brasileiro ficar em Israel ou na Faixa de Gaza. Nós vamos tentar buscar todos. Porque esse é o papel do governo brasileiro e já conversei. Se eu tiver informação, ‘olha, o Lula, tem um presidente de tal país que amigo do Hamas’, é pra esse que eu vou ligar: ‘O cara, fala pro Hamas libertar o refém, porra, fala para o cara libertar o refém, para que ficar com o inocente detido. Tem gente que precisa de remédio para tomar, tem gente desesperada, libera o refém’. E também falar com o governo de Israel, libertar os sequestrados. Abre a fronteira para sair os estrangeiros que queiram sair. Tem brasileiro a um quilômetro da fronteira, gente”, disse Lula.

O Brasil tem uma operação-resgate a postos assim que as fronteiras forem liberadas. Tem um avião presidencial de prontidão em Cairo, capital do Egito, esperando os brasileiros em Gaza serem liberados a pisar em solo egípcio. “Essa é a posição do Brasil. E a posição do Brasil foi extraordinária, reconhecida, elogiada por todo mundo nas Nações Unidas”, concluiu o presidente. 

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