Lula chama Dino de “comunista do bem” e diz que ministro fica no governo até 8/1
Presidente da República também anuncia que convocará ato com representantes dos Três Poderes para marcar reação aos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023
• Atualizado
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, nesta quarta-feira (20), que o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, ficará no cargo até o dia 8 de janeiro de 2024. Ele também anunciou que convocará um ato para lembrar e marcar uma reação aos ataques que destruíram os prédios do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal (STF) um ano antes.
“Sobre a tentativa de golpe do dia 8 de janeiro, nós estamos tentando convocar um ato que vai ser convocado por mim, pelo presidente da Suprema Corte, pelo presidente do Senado e pelo presidente da Câmara […] Eu quero a presença de todos os ministros de governo no dia 8 de janeiro aqui”, disse, Lula, que ainda afirmou que o ato terá o objetivo de lembrar o povo de que a democracia impediu o Brasil de levar um golpe de Estado.
Flávio Dino sairá do time de ministros do governo federal, pois foi escolhido pelo presidente da República para ocupar uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF). Ele recebeu o aval do Senado e tem cerimônia de posse marcada para 22 de fevereiro.
Ao citar o nome de Dino, Lula afirmou que a extrema-direita entende que ele indicou um “ministro comunista” e brincou com a situação durante a reunião ministerial, mas alertou ao ministro que a atuação dentro da Corte Suprema não pode ser pautada por visões ideológicas.
“Segundo a extrema-direita, foi o primeiro comunista a assumir a Suprema Corte. E eu espero que seja um comunista do bem, que tenha amor, carinho e, sobretudo, que seja justo. Porque ali não pode prevalecer apenas a visão ideológica, ali, meu caro Flávio Dino, com a tua competência, só tem uma coisa que você não pode trair, é o teu compromisso com o povo brasileiro e o compromisso com a verdade”, disse Lula
O presidente ainda acrescentou: “Ministro não tem que ficar dando entrevista, não tem que ficar dando palpite sobre o voto. Ele fala nos autos do processo e é isso que interessa para quem recorre à Suprema Corte. Eu estou confiante que você será motivo de orgulho para o nosso país depois que você assumir dia 22 de fevereiro a Suprema Corte. Você vai ficar como ministro aqui até o dia 8”, concluiu.
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