Luciano Hang divulga conversa com jornalista que denunciou golpe; ouça
Segundo informações da assessoria de Hang, a conversa aconteceu nessa manhã de terça, às 9h15min.
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O empresário catarinense Luciano Hang, dono da rede Havan, divulgou, nesta noite de terça-feira (23), uma conversa por telefone com o jornalista Guilherme Amado, autor da matéria que denunciou o suposto golpe de Estado que seria promovido por empresários apoiadores de Jair Bolsonaro.
Segundo informações da assessoria de Hang, a conversa aconteceu nessa manhã de terça, às 9h15min.
O empresário se identifica e diz que avisou que “isso iria acontecer”, se referindo a operação da Polícia Federal. E segue dizendo que, a partir do momento em que se coloca o veio da Havan em uma matéria, as pessoas dão importância à figura, mesmo que nada tenha sido dito sobre golpe.
O jornalista se manisfesta com a seguinte frase:
“Loucura é que você não defende o golpe”.
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Confira o áudio divulgado por Luciano Hang com o jornalista:
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Entenda o caso
Empresários foram alvo de uma operação da Polícia Federal em cinco estados: São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Ceará. A ação foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, e grupo foi incluído nas investigações do inquérito das milícias digitais.
O caso das ameaças de golpe foi revelado pelo site Metrópoles.
Quem são os empresários alvo da operação da PF
Na operação da PF desta terça, são alvos os empresários Luciano Hang, da Havan; Meyer Joseph Nigri, dono da Tecnisa; Afrânio Barreira Filho, do Coco Bambu; Ivan Wrobel, da W3 Engenharia; José Isaac Peres, dono da rede Multiplan; José Koury, dono do Barra World Shopping; Luiz André Tissot, do Grupo Serra; e, Marco Aurélio Raymundo, da Mormaii.
Todos os empresários são apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL). Alguns deles já são alvos de processos no STF, sob condução de Moraes. O caso das ameaças de golpe foi revelado pelo site Metrópoles.
O empresário Luciano Hang informou que estava “trabalhando em sua empresa, às 6h da manhã, quando a Polícia Federal o abordou e recolheu seu telefone celular”.
“Sigo tranquilo, pois estou ao lado da verdade e com a consciência limpa. Desde que me tornei ativista político prego a democracia e a liberdade de pensamento e expressão, para que tenhamos um país mais justo e livre para todos os brasileiros. Faço parte de um grupo de 250 empresários, de diversas correntes políticas, e cada um tem o seu ponto de vista. Que eu saiba, no Brasil, ainda não existe crime de pensamento e opinião. Em minhas mensagens em um grupo fechado de WhatsApp está claro que eu nunca, em momento algum falei sobre golpe ou sobre STF”, explicou Hang.
Já o empresário Afrânio Barreira Filho, do Coco Bambu, disse que “está absolutamente tranquilo, pois minha única manifestação sobre o assunto foi um “emoji” sinalizando a leitura da mensagem, sem estar endossando ou concordando com seu teor. Confio na justiça e vamos provar que sempre fui totalmente favorável à democracia. Nunca defendi, verbalizei, pensei ou escrevi a favor de qualquer movimento antidemocrático ou de “golpe”. Assim, sou a favor da liberdade, democracia e de um processo eleitoral justo”.
A defesa de Marco Aurélio Raymundo (Morongo), da Mormaii informou que “o Morongo foi contatado hoje pela Polícia Federal, ainda desconhece o inteiro teor do inquérito, mas se colocou e segue à disposição de todas autoridades para esclarecimentos”.
A reportagem não conseguiu contato com os outros empresários.
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