Jovem nega ameaças a Felca, mas admite faturamento de R$ 500 mil com invasão de sistemas públicos
Polícia investiga ainda participação em rede de exploração infantil
• Atualizado
Cayo Lucas Rodrigues dos Santos, de 22 anos, foi preso na segunda-feira (25) e admitiu invadir sistemas de órgãos públicos e faturar mais de R$ 500 mil com essas atividades. Ele e o amigo Paulo Vinícios Oliveira Barbosa, de 21 anos, foram flagrados acessando o sistema da Secretaria de Defesa Social (SDS) de Pernambuco e tiveram a prisão em flagrante convertida em preventiva na terça-feira (26).
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Em depoimento à Polícia Civil, Cayo admitiu que realiza compra e venda de logins de usuários de sistemas governamentais e que invadia sistemas, mas negou qualquer ameaça ao youtuber Felca. Segundo ele, atuava em serviços ilegais, como emissão e revogação de mandados de prisão, chegando a cobrar R$ 15 mil, além de incluir dívidas no Serasa e alterar informações no Sistema Único de Saúde (SUS) e na Receita Federal. Ele também afirmou ter vendido uma base de dados do Instituto de Identificação Tavares Buril por R$ 50 mil e disse que os pagamentos eram feitos por Pix ou criptomoedas, às vezes usando contas de terceiros.
Na audiência de custódia, ambos foram encaminhados ao Centro de Observação Criminológica e Triagem (Cotel), em Abreu e Lima. Ao sair do Grupo de Operações Especiais (GOE), no Recife, Cayo negou ter enviado ameaças ao youtuber Felca: “Foi eu não. Foi outra pessoa. (…) foi um grupo de internet. Eu concordo com ele [Felca]. Sou a favor dele”. Paulo permaneceu em silêncio.
As ameaças a Felca surgiram após o youtuber denunciar a adultização de crianças e adolescentes nas redes sociais. A Justiça determinou a quebra do sigilo de um usuário do e-mail do Google ligado às ameaças.
O delegado Guilherme Caselli, de São Paulo, informou que apura indícios de que Cayo integra uma rede que explora sexualmente crianças e adolescentes por meio de “desafios virtuais”. Celulares e computadores apreendidos serão submetidos à perícia. O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, também declarou que, além das ameaças ao influenciador, o investigado vendia material infantil na internet.
Com informações de SBT News.
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