Jorginho, a aposta em Bolsonaro e o mergulho eleitoral
Na agenda, 12 dias de exclusividade para eleições municipais, com direito a licença não remunerada do cargo
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Com a chegada de Jair Bolsonaro (PL), hoje ao Estado, o governador Jorginho Mello (PL) dá início a um mergulho eleitoral visando fortalecer as candidaturas de seu partido e dos aliados. Na agenda, 12 dias de exclusividade para eleições municipais, com direito a licença não remunerada do cargo. O governador sabe que vitórias em cidades como Criciúma, Balneário Camboriú, São José, Itajaí, Tubarão e Palhoça, dentre outras, são fundamentais para garantir mais tranquilidade ao seu projeto de reeleição em 2026, bem como a governabilidade pós-eleição. A vinda do ex-presidente, que ficou reduzida a agendas em Balneário Camboriú e Criciúma, frustrou as expectativas da base do governador, que chegou a sonhar com visitas a pelo menos cinco cidades.
Além das vitórias necessárias, Jorginho precisa garantir um bom desempenho em Joinville, uma das cidades que Bolsonaro tirou da agenda. Sargento Lima (PL), concorre num cenário de favoritismo absoluto do prefeito Adriano do Novo, e tem o desafio de não perder para Carlitos Merss (PT). Ter a base bolsonarista menor que a da esquerda na maior cidade catarinense configura um risco alto para o projeto do governador.
Jorginho viu nos últimos dias o crescimento de candidaturas importantes do PSD, que já detêm, salvo alguma eventualidade, a provável reeleição de João Rodrigues, em Chapecó. Um dos nomes em que PSD aposta suas fichas para 2026.
Em Criciúma, cidade que recebe Bolsonaro na sexta-feira, 20, Vaguinho (PSD), escolha de Júlio Garcia (PSD) e de Clésio Salvaro (PSD), e Ricardo Guidi (PL), aposta de Jorginho, vivem uma disputa com pesquisas para ambos os gostos e fatos que vão desde a prisão preventiva do prefeito Salvaro à mudança de rota do ex-presidente, que chegou a cancelar sua ida à cidade e no mesmo dia a recolocou no roteiro.
Jorginho apostou alto na eleição municipal, com 184 candidatos a prefeito e 131 vices, entre eles a vice do prefeito Topázio (PSD), na Capital, Maryanne Mattos (PL). Diferente do MDB, para o chefe do executivo estadual não basta só conquistar o maior número de prefeituras, o PL precisa ter protagonismo e base forte para navegar com tranquilidade no futuro.
As próximas pesquisas e o resultado nas urnas, no dia 6 de outubro, darão a resposta à pergunta mais ouvida nos últimos dias: Qual é a influência de Bolsonaro nas eleições municipais?
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