Indicado de Bolsonaro ao STF, André Mendonça passa por sabatina no Senado
Ex-ministro da Justiça de Bolsonaro será sabatinado nesta quarta (1º)
• Atualizado
Depois de cinco meses de espera, o presidente da Comissão de Constituição e Justiça, senador Davi Alcolumbre (DEM-AP) marcou a sabatina do ex-ministro da Justiça, André Mendonça. A sessão está prevista para começar às 9h. A relatora será a senadora Eliziane Gama, do Cidadania e faz parte da bancada evangélica da casa.
André Mendonça foi indicado para a vaga no Supremo Tribunal Federal pelo presidente Jair Bolsonaro que afirmou que desejava alguém “terrivelmente evangélico” na corte. Desde a declaração, Mendonça encontrou resistência e, só agora, cinco meses depois, a sabatina obrigatória para a nomeação ao STF será feita.
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O ex-ministro da Justiça é pastor da Igreja Presbiteriana Esperança. Em suas visitas a igrejas de todo o país, costuma fazer críticas a partir da teologia. Nessa terça (30), feriado do Dia do Evangélico no Distrito Federal, André Mendonça intensificou a reta final da campanha e contou com o apoio de evangélicos que percorreram gabinetes em busca de votos. À noite, esteve com o presidente Jair Bolsonaro, no Palácio da Alvorada.
Juntos, fizeram uma oração. Parte da demora para marcar a sabatina foi o impasse com o presidente da comissão, Davi Alcolumbre se irritou com os apelos feitos por parlamentares para a realizar o quanto antes a sabatina. Alcolumbre chegou a dizer que a definição da pauta das comissões é uma prerrogativa dele e que seria agendada no tempo mais adequado. Há ainda uma pontinha de divergência religiosa.
Davi Alcolumbre é judeu e Mendonça, evangélico. Quando questionado sobre esse assunto, Alcolumbre rebateu dizendo que “chegaram ao cúmulo de levantar a questão religiosa sobre a sabatina de uma autoridade na CCJ, que nunca teve critério religioso. O Estado brasileiro é laico.
Está da Constituição” – disse. Antes de seguir para a votação no plenário, a indicação de André Mendonça deve passar pela Comissão de Constituição e Justiça, que tem 27 integrantes. A indicação é aprovada com maioria simples de votos. Em seguida, o plenário do Senado deve referendar a nomeação por maioria absoluta, ou seja, 41 votos dos 81 senadores.
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