“Hoje é dia de festa para os corruptos e dia de festa para Lula”, afirma Deltan Dallagnol após perder mandato
Ex-coordenador da Lava Jato afirmou, ainda, que foi cassado porque "combateu a corrupção"
• Atualizado
Com duras críticas ao governo e ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o deputado cassado Deltan Dallagnol (Podemos-PR) atribuiu a decisão da corte eleitoral à sua luta contra a corrupção, e prometeu que vai agir para mudar o processo.
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“Vamos lutar por Justiça e liberdade”, disse. As declarações foram dadas nesta quarta-feira (17), um dia após o TSE decidir, por unanimidade, retirar o registro de candidatura dele nas eleições de 2022, o que levou à perda do cargo.
Ao citar o sistema de corrupção, Dallagnol falou o nome do ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, e de políticos, como o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha e o deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG). O deputado cassado ainda afirmou ter perdido o cargo “por vingança”, e disse que a decisão do TSE foi por suposição.
“Eles inverteram presunção de inocência e transformaram em decisão de culpa […] Perdi o mandato para evitar processo disciplinar que nunca existiu”, defendeu.
Decisão do TSE
Por unanimidade, o TSE indefiriu o registro de candidatura de Dallagnol. A corte eleitoral considerou que o deputado estaria inelegível nas últimas eleições por ter feito o pedido de exoneração do cargo de procurador da República enquanto ainda estavam pendentes análises de reclamações e medidas disciplinares.
O recurso chegou à corte eleitoral por uma ação protocolada pelo Partido da Mobilização Nacional (PMN) e pela federação Brasil da Esperança, que é formada pelo PT, pelo PCdoB e pelo PV, e questionava o entendimento do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) que havia deferido o registro de candidatura do político.
Substituto ao cargo
O Tribunal Regional Eleitoral do Paraná decidiu, nesta tarde, que a vaga de Deltan deve ficar com o PL, de Jair Bolsonaro. Ao SBT News, a presidente do Podemos, Renata Abreu, defende que o cargo deve ser da sigla, e ficar com o ex-deputado Luiz Carlos Hauly, que obteve 11.925 votos.
Se continuar com o PL, a cadeira fica com o pastor Itamar Paim, que recebeu pouco mais de 47 mil votos na última eleição.
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