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ENTENDA

Haddad diz que reunião com secretário dos EUA foi cancelada após ação de Eduardo Bolsonaro

O ministro explicou que o cancelamento foi comunicado por e-mail e que ainda não há uma nova data para o encontro

• Atualizado

Redação

Por Redação

Haddad diz que reunião com secretário dos EUA foi cancelada após ação de Eduardo Bolsonaro. – Foto: Divulgação/Washington Costa/MF
Haddad diz que reunião com secretário dos EUA foi cancelada após ação de Eduardo Bolsonaro. – Foto: Divulgação/Washington Costa/MF

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, revelou nesta segunda-feira (11) que a reunião marcada para esta semana com o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, foi cancelada pelo governo americano. O ministro atribuiu o cancelamento à articulação do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) junto a assessores da Casa Branca.

[A reunião com Bessent] seria na quarta-feira desta semana. Seria porque, de novo, a militância antidiplomática dessas forças de extrema-direita que atuam junto à Casa Branca tomaram conhecimento da minha fala e agiram junto a alguns assessores ali do presidente Trump. E a reunião com ele [Bessent], que seria virtual na quarta-feira, foi desmarcada“, afirmou Haddad em entrevista à GloboNews.

O ministro explicou que o cancelamento foi comunicado por e-mail, alegando “falta de agenda”, e que ainda não há uma nova data para o encontro.

Segundo Haddad, a notícia do cancelamento chegou cerca de dois dias após uma entrevista concedida por Eduardo Bolsonaro, na qual ele “publicamente deu uma entrevista que ia procurar inibir esse tipo de contato entre os dois governos“.

E depois disso é que aconteceu o episódio“, completou Haddad, destacando ser difícil não relacionar os dois fatos. Ele utilizou o caso para ressaltar que “a situação do Brasil é completamente diferente a dos demais países em relação às tarifas“.

Atuação de Eduardo Bolsonaro nos EUA e contexto diplomático

Eduardo Bolsonaro, terceiro filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), está licenciado do mandato parlamentar e realiza campanha nos Estados Unidos para pressionar por sanções americanas ao Brasil e a autoridades brasileiras, em razão do processo em que seu pai é réu no Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado.

Na carta em que anunciou a imposição de tarifas ao Brasil, o ex-presidente Donald Trump mencionou o julgamento de Bolsonaro, classificando-o como uma “caça às bruxas”.

No mês anterior, o governo dos EUA aplicou sanções ao ministro do STF Alexandre de Moraes, que passou a ser alvo de críticas por suposta atuação autoritária em setores americanos.

Outro lado

Em nota assinada por Eduardo Bolsonaro e o jornalista Paulo Figueiredo, o deputado licenciado não negou as acusações feitas por Haddad, mas afirmou que “os dois não têm controle sobre a agenda do secretário” americano.

Leia nota na íntegra

O deputado @BolsonaroSP e eu tomamos conhecimento das declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que tentou atribuir à nossa atuação nos Estados Unidos o suposto motivo para o cancelamento de uma reunião com o secretário do Tesouro americano, Scott Bessent.

1. Haddad prefere culpar terceiros pela própria incompetência, enquanto Lula só fala besteira por aí e inflama a crise diplomática. Há quase duas semanas, o presidente Donald Trump declarou emergência econômica nos EUA, apresentando de forma clara as razões. Até que o Brasil enfrente esses pontos, qualquer reunião será mera encenação — e, portanto, inútil.

2. Não temos, nem pretendemos ter, qualquer controle sobre a agenda do secretário do Tesouro dos EUA. O sr. Bessent é um profissional admirável, que cumpre as diretrizes determinadas pelo presidente e preserva única e exclusivamente os interesses do povo americano.

3. Nesta quarta-feira, embarcaremos novamente para Washington, D.C., para uma série de reuniões com autoridades americanas — porque mantemos portas abertas. Talvez Lula também as tivesse se, em vez de proteger o próprio regime e fazer bravata ideológica, colocasse a diplomacia e o interesse nacional em primeiro lugar.

Eduardo Bolsonaro, Deputado Federal em Exílio

Paulo Figueiredo, Jornalista em Exílio“, finaliza a nota.

*As informações são do SBT News.

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