Grupo defensor dos direitos humanos solicita apuração de ameaças sofridas por vereadora cassada em SC
A solicitação foi direcionada à Procuradoria da República de São Miguel do Oeste
• Atualizado
Nesta sexta-feira (10), a Procuradoria da República de São Miguel do Oeste foi questionada pela Comissão de Defesa dos Direitos Humanos Dom Paulo Evaristo Arns, quanto a apuração das ameaças e violência política que a vereadora Maria Tereza Zanella Capra (PT), teria sofrido. Segundo a organização, que solicitou maior investigação, é necessário uma “atenção especial” ao caso.
A Comissão Arns também procurou também a presidência da Câmara Municipal para “manifestar estranheza” sobre a cassação do mandato da parlamentar, que aconteceu no último dia 4. De acordo com a organização, teria sido desconsiderado “importantes direitos constitucionais, tais como a soberania do voto popular, a imunidade parlamentar da vereadora, a pluralidade de pensamento e o respeito às mulheres, princípios que restaram violados pela decisão”.
Carta de apoio à vereadora
A Comissão encaminhou carta de apoio à vereadora, expressando indignação com os fatos. A organização é uma das assinantes de um abaixo-assinado em apoio à parlamentar, que foi lançado nesta semana pelo coletivo Judias e Judeus pela Democracia de São Paulo e o Observatório Judaico dos Direitos Humanos no Brasil.
“É motivo de preocupação para o Brasil a escalada de um radicalismo que se diz patriótico, invocando símbolos e discursos totalitários que tanto mal já causaram para a humanidade. Nesse contexto, é preciso destacar a crescente violência política de gênero, da qual V. S.ª tem sido vítima, desdobrando-se pelo país em outros casos de perseguição a mulheres no exercício de seus mandatos”, afirma o texto, disponível na íntegra no site da Comissão Arns.
O que é a Comissão Arns?
A Comissão de Defesa dos Direitos Humanos Dom Paulo Evaristo Arns é uma organização voltada ao acolhimento institucional e a busca de visibilidade a graves violações da integridade física, da liberdade e da dignidade humana, especialmente as cometidas por agentes do Estado contra pessoas e populações discriminadas – como negros, indígenas, quilombolas, pessoas LGBTQIA+, mulheres, jovens, comunidades urbanas ou rurais em situação de extrema pobreza.
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