Forças armadas venezuelanas rejeitam pedido da oposição e reafirmam lealdade a Maduro

Nesta terça-feira (6), as Forças Armadas venezuelanas rejeitaram o pedido da oposição para apoio contra Nicolás Maduro, com o objetivo de removê-lo do poder. Em um comunicado, os militares afirmam que solicitar que eles atuem contra o presidente eleito pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) constitui uma violação da constituição da Venezuela e uma afronta à democracia.

O comunicado publicado nas redes sociais de Maduro afirma: “Reiteramos nossa absoluta lealdade ao cidadão Nicolás Maduro e seu espírito republicano” Em outra parte do texto, os militares declaram: “Seguiremos firmes na defesa da nossa querida pátria”.

O ministro da Defesa da Venezuela, general Vladimir Padrino, também reafirmou a lealdade das Forças Armadas a Maduro. Em suas redes sociais, Padrino compartilhou vídeos de comandos militares de várias regiões do país expressando apoio ao presidente.

A reação das Forças Armadas ocorreu após a divulgação de um documento assinado por Edmundo González, candidato que disputou as eleições contra Maduro, e María Corina Machado, principal figura da oposição. Na segunda-feira (5), Edmundo publicou no X uma declaração afirmando ser o presidente eleito pelo povo e solicitou ajuda das Forças Armadas e policiais para impedir um golpe de Estado na Venezuela.

“Fazemos um apelo à consciência dos militares e policiais para que se coloquem ao lado do povo e de suas próprias famílias”, diz a carta, também assinada por María Corina Machado. A oposição venezuelana contesta os resultados oficiais das eleições, alegando fraude, e publicou documentos que, segundo eles, provam que González obteve 67% dos votos.

Maduro foi declarado vencedor pela eleição pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) com 51,95% dos votos, enquanto González teria recebido 43,18%. A eleição ocorreu no domingo (28). O presidente do CNE, que é aliado de Maduro, confirmou os resultados.

O presidente do CNE, Elvis Amoroso, afirmou nesta terça-feira que entregou as atas eleitorais ao Supremo Tribunal de Justiça (TSJ) da Venezuela. Não há mais informações disponíveis sobre o conteúdo das atas. Ambos os órgãos são aliados de Maduro.

*Com informações de SBT News

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