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programa Dignidade Íntima

Florianópolis vai disponibilizar absorventes gratuitos para estudantes

Estudantes da rede municipal em idade menstrual, entre 10 e 18 anos, receberão os absorventes

• Atualizado

Redação

Por Redação

Foto: Freepik | Banco de Imagens
Foto: Freepik | Banco de Imagens

A Organização das Nações Unidas (ONU) estima que uma entre dez meninas no mundo sofram com a falta de recursos para compra de absorventes durante o período menstrual na vida escolar. No Brasil, estima-se que esse número seja uma em quatro. Em 2014, a ONU reconheceu o direito à higiene menstrual como uma questão de direito humano e à saúde pública. Em Florianópolis, a Prefeitura vai realizar a distribuição gratuita de absorventes higiênicos para todas as alunas em idade menstrual, entre 10 e 18 anos, da rede municipal de ensino.

Serão 16 absorventes por menina ao mês, totalizando portanto, 96 mil mensal para 6 mil meninas.  “Iremos comprar os itens este ano e começar a distribuição em 2022. Entendemos que essa é uma frente importante de atuação, afinal investir em saúde coletiva nunca é um gasto, é sempre um bom investimento a ser feito. A ausência de absorventes causa uma perda de confiança e autoestima enorme, então estas aquisições são muito importantes”, comenta Gean Loureiro, prefeito da Capital. 

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Unindo diversas frentes da Prefeitura de Florianópolis, como a Fundação Somar, Coordenadoria de Políticas Públicas para Mulher, Secretaria de Educação e Secretaria de Assistência Social, o programa Dignidade Íntima terá protocolos de acesso que garantem a privacidade e cuidado, criando canais de atendimento e apoio para estudantes com a distribuição do item. A falta de absorventes afeta diretamente o desempenho escolar de meninas. Por consequência, restringe o desenvolvimento de seu potencial na vida adulta.

Em 2013, por exemplo, dados da Pesquisa Nacional de Saúde, revelaram que, meninas entre 10 e 19 anos que deixaram de fazer alguma atividade escolar como estudar, realizar atividades ou até mesmo brincar, nos 14 dias anteriores à pesquisa, 2,88% deixaram de fazer por problemas menstruais. A mesma pesquisa mostra que os índices para não realização de atividades por gravidez e parto foi menor, ou seja, 2,55%.

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