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Investigações

Ex-Ministro da Educação, Milton Ribeiro, é preso preventivamente em operação da PF

A audiência de custódia do ex-ministro está marcada para esta quinta-feira em Brasília

• Atualizado

SBT News

Por SBT News

Mais quatro mandados de prisão foram expedidos | Foto: Isac Nóbrega/PR
Mais quatro mandados de prisão foram expedidos | Foto: Isac Nóbrega/PR

A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quarta-feira (22) a Operação Acesso Pago, que tem o objetivo de investigar a prática de tráfico de influência e corrupção para a liberação de recursos públicos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), vinculado ao Ministério da Educação. Entre os alvos da operação está Milton Ribeiro, ex-ministro da Educação, que teve mandado de prisão expedido em seu nome.

Ribeiro será transferido ainda hoje para Brasília, por ordem do juiz Renato Borelli, da 15ª Vara Federal Criminal do Distrito Federal. Ele determinou que, depois de preso, ele fosse encaminhado para a Superintendência da PF no DF. A PF cumpriu mandado de buscas também em outro endereço do ex-ministro, em São Vicente (SP).

A audiência de custódia do Ex-Ministro da Educação está marcada para esta quinta-feira (23) em Brasília. 

As ordens judiciais foram emitidas pela 15ª Vara Federal Criminal da Seção Judiciária do Distrito Federal. Segundo a PF, são cumpridos 13 mandados de busca e apreensão e 5 prisões nos estados de Goiás, São Paulo, Pará e Distrito Federal. Também foram efetuadas outras medidas cautelares, como proibição de contatos entre os investigados e envolvidos.

O inquérito foi aberto com base em matérias da imprensa, que revelaram a existência de um gabinete paralelo dentro do MEC com a presença de pastores evangélicos. 

Ex-Ministro da Educação foi preso em Santos – SP

Investigações

As investigações foram abertas no Supremo Tribunal Federal (STF), quando Ribeiro ainda era ministro da Educação e tinha foro privilegiado. O ministro deixou o cargo no governo Jair Bolsonaro em março. A ministra do STF Cármen Lúcia remeteu o inquérito para primeira instância. São apurados eventuais crimes de tráfico de influência, corrupção passiva, prevaricação e advocacia administrativa.

Os pastores, que não têm cargo no governo federal, são suspeitos de negociarem com prefeitos a liberação de verbas do FNDE, em uma espécie de “gabinete paralelo”. O FNDE, vinculado ao Ministério da Educação, concentra recursos destinados às prefeituras. Prefeitos declararam receber pedidos de propinas, inclusive, em barras de ouro.

Os pastores, que tinham livre acesso ao governo e contavam com apoio de Ribeiro, negociavam liberações para verbas de construção de creches, escolas ou compra de equipamentos. 

As defesas dos alvos ainda não foram localizadas. Os envolvidos negaram, anteriormente, envolvimento em ilícitos.

Veja imagem obtida pelo SBT News com o mandado de prisão preventiva contra o ministro:

Foto: reprodução SBT News

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