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ELEIÇÕES

Ex-governador Raimundo Colombo comenta polarização na política e declara apoio a João Rodrigues em 2026

Em entrevista exclusiva ao SCC, o ex-governador Raimundo Colombo critica a polarização na política, comenta a candidatura de Carlos Bolsonaro e declara apoio a João Rodrigues nas eleições de 2026

• Atualizado

Sofia Gonzalez

Por Sofia Gonzalez

Foto: Sofia Gonzalez/ SCC SBT
Foto: Sofia Gonzalez/ SCC SBT

Em entrevista exclusiva ao SCC, o ex-governador Raimundo Colombo falou sobre o cenário político de Santa Catarina e do Brasil, analisou o impacto da polarização e confirmou apoio a João Rodrigues para as eleições de 2026. Reconhecido por seu perfil conciliador, Colombo avaliou que o radicalismo político tem provocado divisões desnecessárias e prejudicado o desenvolvimento do país.

Segundo o ex-governador, a polarização afastou as pessoas, inclusive dentro das famílias, e compromete o diálogo entre diferentes grupos. Ele afirmou que a falta de entendimento entre governo e oposição gera uma disputa que acaba servindo como distração para os verdadeiros problemas. “Briga política não constrói pontes, hospitais nem escolas. Ela leva desesperança, intriga e conflito”, declarou. Colombo defendeu que o debate de ideias é saudável, mas precisa vir acompanhado de respeito.

“Você pode discutir a mensagem, ser duro com ela, mas tem que respeitar o mensageiro. Quando você destrói o mensageiro, o diálogo se interrompe, e aí todos perdem”, afirmou.

Para Colombo, o Brasil passa por um momento em que é preciso resgatar o equilíbrio e o diálogo. Ele acredita que a política deve ser feita com sensibilidade e responsabilidade. “A política tem que ser feita com coração e com respeito humano. Quando se perde esse olhar, a política deixa de cumprir seu papel”, avaliou.

“Ato de desamor com Santa Catarina”

Questionado sobre a candidatura de Carlos Bolsonaro ao Senado por Santa Catarina, Colombo foi direto ao dizer que considera a movimentação um equívoco. “Isso pode ser um ato de desamor com Santa Catarina”, afirmou. Ele explicou que não se trata de preconceito, mas de coerência política. “O senador representa o Estado, e nós temos nomes qualificados aqui. O eleitor catarinense não vai votar em um candidato de fora nessas circunstâncias. É um erro que o eleitor vai corrigir”, pontuou.

Durante a entrevista, Colombo também comentou os desafios econômicos e sociais de Santa Catarina, destacando que o Estado enfrenta uma pressão crescente em áreas como infraestrutura, educação e saúde, em razão do aumento da população e do envelhecimento demográfico. “Temos um bônus do crescimento, mas também um ônus. É preciso administrar bem para que esse desenvolvimento não desapareça”, observou.

“Um dos grandes crimes é a omissão”

Apesar de afirmar que não pretende disputar cargo eletivo em 2026, o ex-governador disse que pretende continuar colaborando com o debate público e apoiando lideranças que representem o espírito catarinense. “Um dos grandes crimes é a omissão”, afirmou. “Às vezes, a crítica dá oportunidade de falar com quem não tem voz. É um dever continuar participando.”

Colombo ainda declarou apoio ao prefeito de Chapecó, João Rodrigues, que deve disputar o governo do Estado em 2026. “Torço pelo João Rodrigues. Ele tem coragem, determinação e espírito público. É um homem que acredita no diálogo e no trabalho, e isso é o que Santa Catarina precisa”, declarou.

Com mais de quatro décadas de vida pública, Raimundo Colombo encerrou a conversa reforçando a importância da união e da responsabilidade política. “Nada é melhor do que uma nova eleição para que a população mostre o que quer. Mas é importante que as lideranças tenham coragem de se posicionar. A democracia exige isso”, concluiu.

Veja a entrevista completa:

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