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DENÚNCIA

Ex-assessor do TSE acusa Alexandre de Moraes de fraude em operação da PF

O ex-assessor acusou o ministro de perseguir a direita política no país

• Atualizado

Redação

Por Redação

Ex-assessor do TSE acusa Alexandre de Moraes de fraude em operação da PF | Foto: reprodução / SBT News
Ex-assessor do TSE acusa Alexandre de Moraes de fraude em operação da PF | Foto: reprodução / SBT News

O ex-chefe da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Eduardo Tagliaferro, acusou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes de perseguição polícia. Tagliaferro prestou depoimento por videoconferência nesta semana em uma audiência pública promovida por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, enquanto o STF analisava ações relacionadas ao dia 8 de janeiro.

Durante a sessão, marcada pela presença de parlamentares da oposição, Tagliaferro fez críticas ao ministro Alexandre de Moraes, ex-presidente do TSE, e apresentou registros que, segundo ele, indicam uso indevido da estrutura do tribunal.

Acusações sobre documentos e operações da Polícia Federal

O ex-assessor afirmou que os registros apresentados se referem ao caso dos empresários bolsonaristas, que discutiam em grupos de mensagens a possibilidade de um golpe de Estado. Ele destacou que, embora a operação da Polícia Federal tenha ocorrido em 23 de agosto de 2022, o material técnico utilizado para embasar as buscas teria sido produzido apenas entre 26 e 28 de agosto.

Segundo Tagliaferro, um juiz instrutor do gabinete de Moraes teria solicitado a ele a confecção de documentos adulterados para justificar a operação. Ao ser questionado pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) sobre a data de produção dos documentos, Tagliaferro respondeu: “Exatamente. Isso me deixou preocupado e entendi por que todos os processos são físicos e só têm o sigilo retirado quando ele acha interessante“, alega.

O ex-assessor também afirmou que as supostas interferências de Moraes teriam começado antes das investigações sobre os atos de 8 de janeiro, e acusou o ministro de perseguir a direita política no país.

Resposta de Alexandre de Moraes

Em nota divulgada na quinta-feira (4), Alexandre de Moraes rebateu as acusações. Segundo o ministro, nos inquéritos das fake news e das milícias digitais, ele fez solicitações ao TSE dentro da competência legal do tribunal, que inclui elaborar relatórios sobre desinformação, discursos de ódio eleitoral e atentados à democracia.

Moraes afirmou ainda que os relatórios descrevem postagens ilícitas em redes sociais, ligadas às investigações de milícias digitais, e que o procedimento envolvendo os empresários foi regular e registrado nos autos.

Ex-assessor apontado por vazamento e denunciado

Eduardo Tagliaferro já havia sido apontado como responsável por vazamentos de informações do gabinete da Presidência do TSE durante a gestão de Moraes. Após o início das investigações, ele foi exonerado do cargo e se mudou para a Itália.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou Tagliaferro por tentar prejudicar processos eleitorais e investigações de atos antidemocráticos. Em outro caso, ele também foi denunciado pelo Ministério Público de São Paulo por supostamente atrapalhar investigações contra um juiz acusado de desviar recursos públicos, processo que corre sob sigilo.

*Com informações do SBT News

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