Ex-assessor de Bolsonaro fez movimentações bancárias “atípicas” no valor de R$ 1,5 milhão, aponta COAF
Em outra frente de investigação, a Polícia Federal teve acesso a um recibo com o nome do advogado Frederick Wassef, suspeito de recomprar nos Estados Unidos o relógio rolex recebido de presente pelo ex-presidente Jair Bolsonaro
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O COAF – Conselho de Controle de Atividades Financeiras – descobriu movimentações bancárias consideradas “atípicas” na conta do sargento Luis Marcos dos Reis, um dos ex-assessores de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro. Ele recebeu depósitos que somam R$ 1,5 milhão entre fevereiro do ano passado a janeiro deste ano.
O dinheiro foi repassado a outras contas. Uma delas, seria a da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito, que investiga os atos golpistas de 8 de janeiro, recebeu o resumo dos documentos relativos à conta corrente do sargento, que recebe salário de R$ 24 mil. O COAF vê indícios de lavagem de dinheiro. A defesa do militar informou que não vai se pronunciar até ter acesso aos detalhes das apurações.
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Em outra frente de investigação, a Polícia Federal teve acesso a um recibo com o nome do advogado Frederick Wassef, suspeito de recomprar nos Estados Unidos o relógio rolex recebido de presente pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.
O Rolex de ouro branco e cravejado de diamantes foi entregue em março deste ano na agência da Caixa Econômica em Brasília, após a investigação da Polícia Federal descobrir que presentes luxuosos entregues a Bolsonaro não estavam registrados no acervo da presidência.
De acordo com a PF, Frederick Wassef foi escalado por Mauro Cid, principal ajudante de ordens do Bolsonaro, para recomprar o relógio, vendido em loja especializada em solo americano. Apesar do Tribunal de Contas da União confirmar a assinatura de Wassef no recibo, o ex-advogado da família Bolsonaro nega envolvimento na negociação.
O Rolex faz parte de um dos kits de joias avaliado em mais de R$ 5 milhões que Bolsonaro recebeu de presente em viagem à Arábia Saudita.
A PF apura se depósitos feitos na conta de Michelle Bolsonaro durante o ano passado tiveram origem na venda irregular dos itens de luxo da Presidência da República. Nesta semana, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, deve decidir se autoriza a quebra dos sigilos bancário e fiscal de Jair e Michelle Bolsonaro. A ex-primeira dama contratou o mesmo advogado que defende a deputada Carla Zambelli. Em nota, a defesa dela informou que pediu acesso aos autos para conhecer as suspeitas existentes.
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