Eleições 2022 Compartilhar
Entrevista

“Eu pretendo trabalhar 24 horas por dia”, diz Lula após visitas ao STF e TSE

Declarações foram dadas após visitas ao STF e ao TSE; segundo o petista, "país vai voltar à normalidade"

• Atualizado

SBT News

Por SBT News

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez críticas indiretas ao presidente Jair Bolsonaro (PL) — seu adversário no segundo turno das eleições –, mas disse que “não há tempo para vingança” e que “o tempo é de governar”. As declarações foram dadas após visitas ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em Brasília, nesta quarta-feira (9).

“Nós voltamos a governar o país. Não há tempo para vingança, não há tempo para raiva, não há tempo para ódio. O tempo é de governar. Eu pretendo trabalhar 24 horas por dia, não vou trabalhar apenas três horas ou quatro horas por dia, vou trabalhar o dia inteiro, porque temos uma dívida a resgatar com o povo pobre desse país. Temos uma dívida a resgatar com milhões de crianças que durante a pandemia não tiveram a oportunidade de estudar e essas crianças estão muito atrasadas em relação àquelas que tiveram oportunidade de estudar”, disse.

Lula ainda afirmou que o encontro com autoridades serviu para dizer às instituições que “o Brasil vai voltar à normalidade”. “Instituições que foram atacadas, que foram violentadas por uma linguagem nem sempre recomendável por algumas autoridades ligadas ao governo. Eu fui conversar com o presidente da Câmara, fui conversar com o presidente do Senado, fui à Suprema Corte, amanhã vou ao Superior Tribunal de Justiça, viemos ao TSE… Primeiro para agradecer o comportamento e a lisura do comportamento do Poder Judiciário no enfrentamento à violência, no enfrentamento à ilegalidade, no enfrentamento ao desrespeito democrático que estava sendo praticado nesse país”, afirmou. “A gente vai voltar a dormir tranquilo, vai voltar a sonhar, vai voltar a ter o prazer e o orgulho de ser brasileiro num tempo de paz”, acrescentou.

O petista também elogiou as urnas eletrônicas — atacadas por Bolsonaro — e, dirigindo-se às jornalistas presentes na coletiva, afirmou que elas estão “dormindo mais tranquilas”, porque “não vão ser ofendidas mais por um presidente da República, não vão ser violentadas verbalmente por um presidente da República”.

Sobre os protestos antidemocráticos que questionam o resultado das eleições, Lula disse que não há motivo para as manifestações e que é preciso detectar quem é que está financiando esses protestos que não têm pé nem cabeça”.

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