Esquerda e direita realizam protestos em Florianópolis

Neste domingo (7), diversos setores da política se reuniram em Florianópolis para protestar. Às 8h da manhã, no Parque da Luz, centrais sindicais, movimentos sociais e partidos de esquerda se encontraram para reivindicar direitos trabalhistas, defender a soberania nacional e protestar contra a anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023. Já na Beira-Mar Norte, líderes de partidos de direita e políticos pediram anistia para os presos dos atos de janeiro, além de se manifestarem contra o presidente Lula (PT), o Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Alexandre de Moraes e em defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

O que defende a esquerda em Santa Catarina

A presidente da Central Única dos Trabalhadores de Santa Catarina (CUT/SC), Ana Júlia Rodrigues, destacou a importância de combater a jornada de trabalho 6×1 e ampliar os direitos dos trabalhadores.
“Queremos que a Justiça seja solidária com todos. Defendemos a isenção de imposto de renda para quem recebe até cinco mil reais e lutamos pela defesa da democracia e pelo respeito à soberania nacional”, afirmou.

Com palavras de ordem, os manifestantes pediram o fim da intervenção americana no Brasil, a prisão de Jair Bolsonaro e dos demais réus investigados pelo STF. O ato reuniu diversas centrais sindicais, incluindo o sindicato dos profissionais da saúde e o dos servidores municipais. Um dos líderes do Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Florianópolis (Sintrasem), Marcos Cordeiro Bueno, afirmou que o movimento é essencial para a classe trabalhadora. “Lutamos por justiça tributária, mais direitos trabalhistas e por mais liberdade”, disse.

O que defende a direita em Santa Catarina

Na Beira-Mar Norte, em meio a vários trios elétricos, a manifestação da direita contou com a presença dos filhos do ex-presidente Bolsonaro, Carlos e Jair Renan, além dos senadores Jorge Seif (PL) e Esperidião Amin (Progressistas), deputados estaduais, federais e vereadores de partidos aliados.

O deputado estadual Alex Brasil (PL) ressaltou a força política da direita no estado. “Santa Catarina nunca foi governada pelo PT, nem pela esquerda”, disse, acrescentando que o estado está muito bem representado”.

O senador Jorge Seif usou a data da Independência para criticar o Judiciário. “Hoje o nosso Supremo Tribunal Federal não é mais uma corte constitucional, é uma corte política, persecutória, uma quadrilha formada pelos piores elementos”, declarou.

Esperidião Amin destacou que o Senado já conseguiu assinaturas para instaurar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). “Vamos passar em revista as barbaridades cometidas contra aquelas pessoas presas na tarrafada do dia 8 de janeiro”, disse.

O prefeito Topázio Netto (PSD) e o governador Jorginho Mello (PL) também participaram do ato e defenderam a anistia aos condenados, além de manifestarem apoio a Bolsonaro.

Diferentemente de outras ocasiões, neste domingo os manifestantes seguiram para a Catedral Metropolitana, no Centro de Florianópolis, e não até a sede da Polícia Federal.

As organizações dos protestos, tanto de esquerda quanto de direita, não divulgaram estimativa de público.

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