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Alerta de golpe

Esposa de Moro tem redes sociais hackeadas; veja o que se sabe

Pelo Twitter, Rosângela Moro disse estar "adotando providências" sobre a invasão das contas

• Atualizado

SBT News

Por SBT News

Pelo Twitter, advogada disse estar “adotando providências” sobre a invasão das contas | Foto: Reprodução/Instagram
Pelo Twitter, advogada disse estar “adotando providências” sobre a invasão das contas | Foto: Reprodução/Instagram

A advogada Rosângela Moro, esposa do ex-juiz e pré-candidato a presidente da República, Sergio Moro (Podemos), teve suas contas no WhatsApp e Instagram hackeadas nesta segunda-feira (28). O segundo perfil continua no ar, mas, nos Stories, se passando por Rosângela, o invasor publicou uma mensagem pedindo que as pessoas comprem itens colocados à venda por uma prima que irá se mudar por “problemas pessoais”, além de uma série de fotos dos produtos – acompanhadas de informações, como preço.

Trata-se de um golpe que se tornou comum no Instagram, em que, ao fazer a compra, a pessoa tem o dinheiro roubado. No total, 20 produtos, entre móveis e eletrônicos, como geladeira, máquina de lavar e secar, iPhone 13 Pro Max e televisão, foram anunciados nas redes sociais hackeadas da advogada.

Foto: Instagram | Reprodução
Foto: Instagram | Reprodução

Pelo Twitter, Rosângela Moro disse estar “adotando providências” sobre a invasão das contas. No domingo (27), ela participou de uma reunião com Sergio Moro, a presidente nacional do Podemos, deputada federal Renata Abreu (SP), e senadores, na qual foram discutidas articulações e estratégias para a campanha do ex-juiz à Presidência.

Golpes e estelionato pela internet crescem durante a pandemia

O constante avanço da tecnologia está influenciando cada vez mais no cotidiano da população, e para o mundo do crime não é diferente. Com códigos e ferramentas voltados para a programação digital, a aplicação de golpes ficou ainda mais simples para os cibercriminosos, que em apenas um clique conseguem obter tanto dados pessoais quanto bancários das vítimas.

De acordo com uma pesquisa realizada pela PSafe, o crime de estelionato virtual foi o campeão em número de tentativas durante o ano de 2021, totalizando 44 milhões. Destes, 37,8 milhões foram identificados como phishing, modelo que busca atrair vítimas por meio de sites ou aplicativos falsos com a divulgação de promoções, brindes e até mesmo solicitações de atualização.

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“Esses golpes têm se popularizado cada vez mais, inclusive pelo seu alto poder de disseminação, pois os golpistas utilizam de métodos atrativos não apenas para fisgar as vítimas, mas também induzi-las a compartilhar os links maliciosos, tornando-as vetores não intencionais de disseminação”, explica o CEO da empresa, Marco DeMello.

Segundo ele, o tema mais explorado de phishing foram as falsas premiações, seguido por golpes genéricos e financeiros.

Outro líder de identificações foram os golpes sazonais, ou seja, aqueles que acontecem em determinado período do ano. Na Black Friday do ano passado, por exemplo, a PSafe realizou mais de 2 milhões de bloqueios em 15 dias. Já durante o período de Natal, mais de 38 mil tentativas de golpes envolvendo o meio de pagamento instantâneo do Banco Central, o Pix, foram detectadas em apenas cinco dias.

Além dos estelionatos, o vazamento de dados também registra uma grande participação entre os crimes virtuais. Segundo o levantamento da PSafe, cerca de 223 milhões de brasileiros, incluindo pessoas falecidas, tiveram os dados vazados na Deep Web em janeiro, além de 40 milhões de Cadastros Nacionais da Pessoa Jurídica (CNPJs) e 140 milhões de registros de veículos. Um mês depois, em fevereiro, mais de 100 milhões de contas celulares foram divulgadas na Dark Web.

“Estamos falando de nomes, telefones, endereços, enfim, uma gama de informações e dados sensíveis que nas mãos de cibercriminosos podem ser utilizados para os mais diversos tipos de golpes, desde encaminhar e-mails com links maliciosos, acessar perfis nas redes sociais, até tentativas de fazer empréstimos no nome das vítimas ou acessar suas contas bancárias”, diz DeMello.

Nesses casos, o advogado Evaldo Pereira Júnior aconselha que a vítima registre um boletim de ocorrência e, caso possível, busque delegacias específicas em crimes cibernéticos.

“Muitas vezes também é possível requerer indenização de danos morais e materiais, mas é algo que varia muito de caso a caso”, diz.

Já no caso de golpes bancários, como por Pix, por exemplo, a primeira atitude a ser adotada é contatar o banco ou instituição financeira para tentar bloquear a transação ou reaver o valor transferido.

“Em regra é dever do banco devolver o valor subvertido pelo golpe. No entanto, em casos específicos o banco pode ser eximido da responsabilidade”, explica o advogado.

O mais aconselhável é entrar em contato com o banco em até trinta minutos (durante o dia) ou uma hora (durante a noite) após a transação bancária ter sido realizada. Dessa forma, a instituição estará notificada e poderá reter o dinheiro por até 72 horas.

Como evitar os golpes?

Para auxiliar na identificação de possíveis tentativas de golpes, a equipe da PSafe preparou uma lista com dicas práticas e simples para evitar que mais pessoas se tornem vítimas dos cibercrimes. Confira:

  • Evite clicar em links de fontes desconhecidas, especialmente os que forem compartilhados via aplicativos de troca de mensagem e redes sociais;
  • Crie o hábito de duvidar das informações compartilhadas na internet, principalmente quando se tratar de supostas promoções, brindes, descontos ou até promessas de emprego;
  • Nunca informe dados sensíveis em links de procedência duvidosa;
  • Tenha em mente que dados confidenciais de clientes são raramente solicitados à distância por instituições financeiras ou empresas. Além disso, essas organizações não fazem testes com o Pix;
  • Sempre busque informações sobre a loja ou instituição para qual você pretende fazer a transferência (o site Reclame Aqui pode ser um bom lugar para descobrir um pouco sobre a reputação da marca);
  • Nunca faça transferências ou realize pagamentos de emergência sem ligar para a pessoa que vai receber o dinheiro e confirmar a sua real identidade.

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